Por Lucas Paes
Foto: Pedro Ernesto Guerra Azevedo/Santos FC
Sanchez é desde que chegou essencial ao Santos
Poucas vezes na história do Santos Futebol Clube uma contratação foi tão certeira quanto a do uruguaio Carlos Sanchez. O ídolo absoluto da torcida do River Plate, campeão da Libertadores e melhor jogador da competição com os Millonarios, chegou ao Peixe em 2018 e foi na época protagonista no escândalo envolvendo a suposta escalação irregular dele no jogo contra o Independiente. Foi talvez o único momento negativo dele vestindo preto e branco, já que desde que chegou ele é essencial ao alvinegro.
Recentemente, no jogo contra a Chapecoense, Sanchez abriu vantagem no topo da artilharia entre os estrangeiros no Alvinegro Praiano. A marca é uma enorme justiça a tudo que o uruguaio representa desde que chegou a Vila Belmiro. Liderança, raça, técnica, a essência uruguaia que tornou "Pato" um ídolo da torcida alvinegra. Para entrar de vez no panteão falta apenas um título para um dos maiores "gringos" da história do clube.
Não é a toa que o uruguaio tem ultimamente a honra de vestir a braçadeira de capitão do Peixe. O meio-campista é hoje peça chave do time de Fernando Diniz e essencialmente é o coração e o motor do time desde que se recuperou, se tornando peça chave na meia cancha e dentro do esquema do treinador. Mesmo em 2020, quando não fez um grande ano e acabou se lesionando seriamente quando justamente voltava aos bons dias, nunca deixou de ser peça chave dentro do time santista. Em 2021, como um vinho, mais velho, renova seu estilo de jogo e se encaixa novamente no time como talvez o jogador mais importante.
O camisa 7 viveu seu auge vestindo alvinegro no ano de 2019, quando também era o coração e o motor do maravilhoso time de Jorge Sampaoli, que levou o Santos ao vice do Brasileirão. Naquele ano, fez a incrível marca de 19 gols no ano, o que o tornou um dos artilheiros, marcando muitas chegando a entra da área para finalizar num time que colocava vários jogadores dentro da área adversária. O ano consolidou a posição dele como referência da torcida.
Um dos pontos importantes nisso é a reciprocidade, pois Sanchez nunca escondeu o carinho que possuí quanto ao Santos. Hoje o uruguaio certamente sabe o tamanho da importância que tem para o torcedor e para o elenco e chega cada vez mais próximo do patamar de ídolo do clube. Taticamente, desempenha um papel diferente hoje, sendo mais um segundo volante, parte da criação, pisando menos na área, mas sendo um dos cobradores de pênalti e falta da equipe, uma das fontes primárias de seus gols vestindo a camisa santista. Renovado, como um vinho, segue sendo essencial.
A referência celeste no meio de campo santista segue caminhando a passos largos para entrar no seleto hall de ídolos históricos alvinegros. Para que a trajetória do maior artilheiro estrangeiro santista se feche com chave de ouro falta apenas uma taça, qualquer uma que seja, para consagrar o que já deveria ser óbvio. Sanchez, seja pelo que joga dentro de campo, pelo que representa fora dele, por tudo o que é para o torcedor já é um gigante na história do clube. Entre estrangeiros, está no mesmo nível de ídolos como Ramos Delgado, Cejas e Rodolfo Rodriguez.
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