Por Ricardo Pilotto
Foto: arquivo
Kléber Pereira atuando pelo Moto Club
Kléber João Boas Pereira, popularmente conhecido apenas como Kléber Pereira, está completando 46 anos de idade nesta sexta-feira. Hoje, no O Curioso do Futebol, vamos relembrar as passagens do atacante pelo Moto Club do Maranhão, time que o revelou para o futebol.
Após ser descoberto no time de Juniores do Cruzeiro de Anil que disputava competição amadora na cidade de São Luís, Kléber chamou a atenção dos dirigentes do Papão do Norte. Com isso, foi levado para fazer testes no clube para se tornar jogador de futebol profissional. A partir daí, o atacante conseguiu ir muito bem e assinou o seu primeiro contrato profissional.
Mesmo que recebendo R$ 250,00 de salário, Kléber Pereira foi persistente e mostrou muita força de vontade para que ele pudesse ganhar aquela condição de artilheiro da equipe. Logo em sua estreia pelo time Rubro-Negro da Fabril, o atacante da camisa 9 fez um hat-trick em um jogo diante do Expressinho. Nesta oportunidade, o Moto Club aplicou uma goleada por 4 a 0.
Demonstrando sua grande fase, Kléber foi negociado com o FC Sion da Suiça para a temporada 1996-1997. Junto com ele, os zagueiros Heraldo e Flávio também embarcaram neste novo desafio. Lá, foi campeão suíço, mas a saudade de casa acabou sendo fator determinante para voltar ao seu país. Kléber, ainda passou pelo Náutico antes de voltar ao clube maranhense.
Em sua segunda passagem, o camisa 9 conseguiu ter uma passagem de ainda mais destaque. Kléber foi artilheiro do Campeonato Maranhense de 1998 ao marcar 25 gols. Um jogo que ficou guardado na memória do camisa 9 e de toda a torcida do Rubro-Negro da Fabril aconteceu no dia 29 de julho no estádio do Castelão, quando o Moto Club enfrentava o Sampaio Corrêa pelo Campeonato Maranhense. Naquela oportunidade, o centroavante não tomou conhecimento do time da Bolívia Querida, que era considerada a favorita para vencer o confronto. Com um gol de falta, outro em parceria com Fabinho e outro de cabeça, o Papão do Norte venceu a partida com 3 gols do artilheiro.
Na Série C do Campeonato Brasileiro do mesmo ano, o centroavante conseguiu atingir outra importante marca. Repetiu o mesmo número de 25 tentos do campeonato estadual, sendo artilheiro da competição nacional e superou o número de gols de Viola, atacante do Santos na época, que anotou 21 gols e foi artilheiro da primeira divisão.
No ano de 1999, Kléber Pereira encerrou sua segunda passagem pelo Rubro-Negro da Fabril. Desta vez, o atacante foi para o Atlético Paranaense, lugar onde seria campeão brasileiro em 2001. Após passagem pelo Furacão, o artilheiro ainda rodaria por vários clubes. Jogou pelo Tigres, Veracruz, América e Necaxa, onde venceu título mexicano e a Concacaf. Após rodar por clubes do exterior, voltou ao Brasil para jogar por Santos, Internacional e Vitória.
Antes de voltar para o Moto Club, o atacante chegou a ser consultado pelo Presidente do Sampaio Corrêa, Sérgio Frota, para uma possível contratação pra dois jogos na Copa do Brasil. Por estar seis meses parado e pelo tamanho respeito à torcida Rubro-Negra, Kléber optou por não aceitar o convite. Após isso ainda em 2011, Kléber Pereira voltou a sua terra natal já aos 36 anos de idade para encerrar a sua carreira de jogador de futebol profissional no clube que o consagrou para o futebol. E detalhe: topou retornar ao clube do seu coração abrindo mão de receber salário.
Vendo que o Papão do Norte vinha fazendo uma fraca campanha no campeonato estadual, Kléber viu ali, uma grande oportunidade de voltar a jogar profissionalmente, já que estava parado por meio ano. Disputou a Copa União, que era um torneio que não tinha tanta expressão no futebol do Maranhão, mas para o atacante, foi o suficiente para marcar o seu retorno ao Moto Club após 12 anos. Sua reestreia foi em uma partida diante do Cordino, time da cidade de Barra do Corda, no dia 29 de agosto de 2011. O Rubro-Negro da Fabril venceu pelo placar de 2 a 1, com um dos gols feitos pelo camisa 9. Naquele momento, Kléber Pereira se reencontrava com a torcida do time maranhense.
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