Foto: Leonardo Moreira/Fortaleza EC
Fortaleza de Vojvoda é a sensação do Brasileirão
Recentemente, um time nordestino aprontou mais uma das suas peripécias contra o líder do campeonato, o Palmeiras, ou melhor, o ex-líder, dentro do Allianz Parque. Esse foi mais um expressivo resultado do Fortaleza do Argentino Juan Pablo Vojvoda, que tem encantado o país e se torna a sensação do Brasileirão de 2021. Destemido e ousado, o Leão do Pici chega praticamente na metade da competição sem mostrar sinais de enfraquecimento e começa a excitar o torcedor por voos mais altos.
Recentemente, um time nordestino aprontou mais uma das suas peripécias contra o líder do campeonato, o Palmeiras, ou melhor, o ex-líder, dentro do Allianz Parque. Esse foi mais um expressivo resultado do Fortaleza do Argentino Juan Pablo Vojvoda, que tem encantado o país e se torna a sensação do Brasileirão de 2021. Destemido e ousado, o Leão do Pici chega praticamente na metade da competição sem mostrar sinais de enfraquecimento e começa a excitar o torcedor por voos mais altos.
Desde que Jorge Jesus e Sampaoli fizeram sucesso absurdo em Flamengo e Santos, respectivamente, no ano de 2019, mais e mais times brasileiros, dos mais diversos patamares, tem buscado evolução e frescor de ideias em nomes estrangeiros, as vezes com sucesso e as vezes sem. Foi pensando nisso que o tricolor apostou no ex-treinador do La Carela para o ano de 2021, em mais uma aposta ousada de um time que tenta ser diferenciado desde antes de chegar a Série A.
A aposta se mostrou certeira como poucas na história do Fortaleza. Sem saber que o que geralmente se espera de um time pequeno é jogar por uma bola e se limitar a aceitar a briga pelo escape do rebaixamento, Vojvoda desde o começo trouxe ideias ofensivas para o Leão do Pici. A equipe gosta de ter a bola e de agredir seus adversários, seja este oponente o Juventude ou o Palmeiras, seja um time pequeno do campeonato estadual ou o líder do Brasileirão, o time de Vojvoda irá agredi-lo e tentará vencê-lo jogando bola.
O estilo de jogo tricolor passa por fases distintas, na construção de jogo, feita muito através dos três zagueiros e a aproximação dos volantes, onde a equipe tem paciência para procurar o melhor espaço para começar a ação ofensiva, que contrasta com uma marcação forte e agressiva em encaixes quando a equipe está sem a bola. A criação de chances se da através da movimentação das peças, usando muito de Lucas Crispim e Pikachu para criar chances, explorando espaços na defesa adversária e chegando com muitos jogadores dentro da área. É assim que a equipe tem demolido adversários no Brasileirão e na Copa do Brasil.
É preciso dizer também que o sucesso do Leão se soma a um trabalho de restruturação que esta em vigor desde antes da equipe chegar a Série A, muito passando pela mão de Rogério Ceni, treinador que se tornou ídolo tricolor e continuando o processo. Não é a toa que o Fortaleza caminha para seu terceiro ano na Série A, onde as equipes que vem da segundona costumam sofrer, fazendo dele até aqui o mais tranquilo. O trabalho bem feito fora de campo reflete dentro das quatro linhas. Algo semelhante ocorre no arquirrival Ceará, equipe que faz campanha mais concreta do que times como Santos e Corinthians, ainda que não brigue necessariamente pelo título, e parece também dar indícios de que não sofrerá em 2021.
É preciso dizer também que o sucesso do Leão se soma a um trabalho de restruturação que esta em vigor desde antes da equipe chegar a Série A, muito passando pela mão de Rogério Ceni, treinador que se tornou ídolo tricolor e continuando o processo. Não é a toa que o Fortaleza caminha para seu terceiro ano na Série A, onde as equipes que vem da segundona costumam sofrer, fazendo dele até aqui o mais tranquilo. O trabalho bem feito fora de campo reflete dentro das quatro linhas. Algo semelhante ocorre no arquirrival Ceará, equipe que faz campanha mais concreta do que times como Santos e Corinthians, ainda que não brigue necessariamente pelo título, e parece também dar indícios de que não sofrerá em 2021.
Sem paciência para cumprir as expectativas do desastre, o argentino prova jogo após jogo que cada vez parece mais certo que o Fortaleza brigará na parte de cima da tabela até o fim da competição. A cada ponto conquistado a simples briga contra o descenso se torna uma expectativa não correspondente ao ótimo futebol que o clube cearense apresenta e cada vez soa como menos exagero colocar o Leão do Pici como candidato a título, já que em quase um turno de competição a equipe deixou o G4 em pouquíssimas rodadas.
Em um futebol marcado pela mediocridade e pela preguiça de ser ousado e diferente, num marasmo de ideias que premia velhos nomes que em nada podem contribuir com o futebol fora dos limites do Brasil, quem acerta quando tentar ousar costuma nadar de braçada. Com ideias refrescantes, um destemor quase irreconhecível a um "time pequeno do nordeste" e a incessante busca por ser protagonista nas partidas, o Fortaleza de Juan Pablo Vojvoda faz com que o torcedor sonhe e é quase como um colírio para os olhos de quem ama o bom futebol. Só o tempo dirá até onde o Leão vai conseguir rugir, mas para o bom do nosso futebol, espera-se que continue sendo um rugido alto e destemido.
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