Por Lucas Paes
Foto: Arquivo
Time francês que ganhou a medalha de ouro na Olímpiada de 1984
Recentemente, a França, que levou um time completamente alternativo para a Olímpiada de Tóquio, venceu sua primeira partida diante da África do Sul por 4 a 3 num jogo muito complicado. O jogador mais conhecido dos Bleus na edição atual é o atacante Gignac, carrasco do Palmeiras no Mundial de Clubes pelo Tigres. Em 1984, a equipe francesa venceu o título olímpico na disputa em Los Angeles, nos Estados Unidos.
Naquele ano, pela primeira vez foi permitido aos times da Conmebol e da UEFA levarem jogadores profissionais que não tivessem atuado por suas seleções em Copas do Mundo. Uma curiosidade é que o Brasil, por exemplo, levou o time inteiro do Inter, que cedeu sua equipe titular para a disputa dos jogos. A França tinha vários jogadores locais, porém nenhum nome exatamente muito conhecido do grande público.
Mas houve um fato que não dá para deixar de passar em branco. Boa parte dos países da Cortina de Ferro deu o troco no boicote liderado pelos Estados Unidos em Moscou 1980 e não foi para Los Angeles 1984. Com isto, as seleções que dominavam o futebol olímpico até então, como Hungria, União Soviética, Polônia, Alemanha Oriental e outros não mandaram delegação, deixando o caminho livre para quem ia para os torneios anteriores com atletas de base.
Os Bleus, no grupo A com Noruega, Catar e o Chile, estrearam em Annapolis no dia 29 de julho contra o Catar. O duelo, numa belíssima partida, terminou empatado por 2 a 2, gols de Garande e Xuereb para os franceses e Al-Mohamedi marcando os dois dos cataris. Dois dias depois, eles bateram a Noruega por 2 a 1, com dois gols de Brisson para os Bleus e Ahlsen para os noruegueses, em Boston. Fecharam a fase de grupos empatando com o Chile por 1 a 1, em Annapolis, com Santis marcando para a Roja e Lemoult empatando para os europeus. França e Chile terminaram com 4 pontos, mas os franceses terminaram a frente pelos gols marcados.
No mata-mata, no dia 5 de agosto, no famosíssimo Rose Bowl, em Pasadena, no dia 5 de agosto, a França enfrentou o Egito e venceu por 2 a 0 numa bela atuação de Xuereb, que marcou dois gols na vitória de 2 a 0 em cima dos africanos. Com isso, veio a classificação para enfrentar a Iugoslávia nas semis, num dos jogos mais duros até então.
Disputada no dia 8 de agosto, a semifinal, no Rose Bowl, foi um dos jogos mais absurdos daquela olímpiada. Na prorrogação, a França venceu por 4 a 2, na prorrogação, com gols de Bijotat, Jeannol, Lacombe e Xuereb. Cvetkovic e Deveric fizeram os gols iugoslavos. A decisão seria contra o Brasil, num jogo complicado contra a Amarelinha, que queria o inédito ouro.
Disputada de novo no Rose Bowl, a final foi no dia 11 de agosto e bastante disputada. O time francês, porém, decidiu o jogo em cinco minutos na segunda etapa, primeiro com um gol de Brisson, aos 10' e depois com o artilheiro Xuereb, aos 15'. A França saiu com o ouro e com um dos artilheiros, justamente Xuereb, com cinco gols, junto a Deveric e Cvetkovic, da Iugoslávia. Este é até hoje o único ouro olímpico do futebol masculino para os franceses, que tentam novamente em 2020, apesar do time mais fraco.
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