Há 10 anos, Santos empatava com Cerro e ia para a final da Libertadores

Por Lucas Paes
Foto: EFE

Neymar fez um dos gols do jogo

Há 10 anos, no primeiro dia de junho de 2011, o Santos se classificava para a final da Libertadores novamente depois de oito anos. Diante de uma La Olla lotada, o Alvinegro Praiano foi frio, calculista, conciso e empatou com o Cerro por 3 a 3, tendo o controle do jogo durante o tempo todo, para chegar a decisão da competição mais importante do continente.

O Peixe chegava ao jogo decisivo com vantagem. Havia vencido o jogo de ida no Pacaembu por 1 a 0, placar mínimo que dava, porém, a vantagem de não ter levado gols em casa. Bastava um empate para o Peixe chegar a decisão, ou mesmo uma derrota por um gol de diferença marcando no Paraguai.


E o Alvinegro Praiano não demorou a dar as cartas na capital paraguaia. Logo aos dois minutos, Elano cobrou falta na cabeça de Zé Eduardo, que só desviou para as redes, marcando aquele que seria seu último gol pelo clube, quebrando um enorme jejum de gols e explodindo o bom número de santistas no estádio.

O Cerro tentava pressionar e não conseguia e aos 27', Benítez se complicou sozinho, tentou tirar de Neymar e encobriu Barreto, ampliando o marcador em favor dos santistas. Ainda no primeiro tempo, porém, o Ciclón diminuiu com César Benitez. Mas, no apagar das luzes da primeira etapa, Arouca puxou um contra-ataque e Neymar recebeu e marcou. O Peixe ia para o intervalo vencendo por 3 a 1 e com um pé e meio na decisão.


Na etapa final, o Santos voltou bem e até teve chances de ampliar o placar, mas acabou levando o segundo gol com Lucero, aos 15'. Pressionando, o time paraguaio chegou a acreditar que podia vencer, mas ainda levava ataques perigosos do Alvinegro Praiano. Porém, aos 35 minutos, Fabro fez uma linda jogada individual e chutou de muito longe para empatar o jogo. Depois, o time paraguaio até tentou, mas não conseguiu os dois gols que lhe colocariam na final. Frio, o Santos chegava a final.

Classificados e com muita festa no Paraguai, os comandados de Muricy Ramalho agora aguardariam Peñarol ou Vélez na decisão. O adversário viria numa classificação aguerrida dos aurinegros, que deram ainda a sorte de Santiago Silva errar um pênalti no finalzinho do jogo que daria a vaga ao Fortín. No fim, se repetiria a decisão de 1962. 
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