Villarreal faz história, bate United nos pênaltis e é campeão da Europa League

Foto: Getty Images

Gerard Moreno marcou o gol do Villareal no tempo normal

Melhor do que ganhar o primeiro título de primeira grandeza em sua história é esta primeira conquista ser continental. O tradicional Villarreal, protagonista de momentos incríveis no futebol europeu no começo dos anos 2000, camisa que vestiu muito bem Forlán e Riquelme, depois de bater na trave na La Liga há alguns anos, finalmente conquistou seu primeiro troféu de nível alto. O Submarino Amarelo bateu o Manchester United nos pênaltis por, atenção, 11 a 10, depois de um empate por 1 a 1 no tempo normal e na prorrogação, na tarde desta quinta, em Gdansk, na Polônia e se sagrou campeão da Europa League.

Era uma final de contrastes. O Manchester United, gigante que é, havia superado com certa facilidade a Roma nas semifinais e lutava por seu segundo título da Liga Europa. O Villarreal, já tarimbado em competições europeias nas últimas décadas, deixou o Arsenal pelo caminho, se vingou de 2006 e chegou a decisão. Chegou para fazer história.

Os mais de 15 mil presentes no estádio viram um jogo morno e muito disputado. O Submarino de Unay Emery, desde já patrão desta competição, parava como podia as investidas dos Red Devils e se aventurava aos poucos. Aos 29 minutos, numa dessas aventuras, o artilheiro Gerard Moreno abriu o marcador. Depois disso, a ótima defesa espanhola neutralizou qualquer tentativa do lado vermelho, enquanto oferecia perigo do outro lado, na tônica que determinou o primeiro tempo.

Na etapa final, o jogo seguia da mesma forma, até que em um lance fortuito, Cavani pegou uma sobra como o matador que é e empatou. A partir daí, o time de Manchester se jogou desesperado para a pressão, buscou o segundo gol de todas as formas possíveis e imaginárias, mas não conseguiu. O Villarreal agradeceu ao fim do jogo, ao apito final. A prorrogação era mais do que o time merecia chegar pelo pouco que jogou na etapa final, estava encurralado.


Curiosamente, porém, no tempo extra o roteiro mudou e quem foi mais ao ataque foi o time espanhol, que inclusive reclamou pênalti num lance de toque de mão dentro da área. Sem conseguir, porém, ser muito eficiente no ataque, o Submarino Amarelo viu a decisão ir para os pênaltis, para a loteria, o sofrimento, o momento mais nervoso do futebol.

Só que nos pênaltis, num raro fenômeno, a decisão foi se estendendo. A despeito de algumas menos prudentes, a maioria das batidas de ambos os lados exibia um nível de perfeição assustador contra goleiros que nada podiam fazer. E assim as cobranças foram se estendendo, cinco, dez, quinze e chegamos aos goleiros. Rulli bateu o que foi provavelmente o pênalti mais perfeito de uma série que foi impressionante pela qualidade das cobranças. De Gea, desacostumado, bateu muito mal, parou no goleiro argentino do Villarreal e selou o destino da taça. O United novamente fica na espera, já que hoje a festa é amarela.

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