Se em 2012 foi pelo futebol defensivo, por um time que pouco agradava, em 2021 foi o diferente. O Chelsea foi guerreiro, foi rápido, foi acima de tudo inteligente para aproveitar os espaços dados pelo Manchester City e venceu pela segunda vez a Liga dos Campeões da Europa. O placar de 1 a 0 não refletiu a superioridade londrina, que poderia ter terminado a decisão no primeiro tempo. O City, tão adorado pelo bom futebol esteve muito a quem do que pode produzir. Não a toa perdeu a decisão.
Campeão inglês, o time de Guardiola vinha como favorito, pelo treinador, pelo elenco e pela campanha absurda na Premier League. Enfrentava, porém, um rival que sabia como batê-lo. O Chelsea já tinha sido algoz do City na Copa da Inglaterra, já tinha batido os Sky Blues em dois jogos na temporada. O adversário era perigoso.
O City entrou mal. Guardiola tirou Fernandinho e botou Bernardo Silva, dando aos Blues os espaços que tanto queriam. Werner desperdiçou chances cristalinas, enquanto o time de Manchester mal conseguia atacar os londrinos. Parecia questão de tempo para o gol e ele veio aos 42 minutos, com Havertz num lindo contra ataque. Werner, tão mal no jogo, fez uma movimentação crucial para o passe maravilhoso de Mount. O primeiro tempo terminou com os citizens agradecendo pelo placar de apenas 1 a 0.
Na etapa final, o City até tinha a bola, mas a disposição defensiva dos Blues era simplesmente assustadora. Kante parecia se multiplicar em campo, Rudiguer fazia a partida de sua vida. Quem chegou mais perto foi o Chelsea, numa linda jogada de Havertz, que tocou para Pulisic desperdiçar. Os Sky Blues, desesperados, se lançaram com tudo o que tinham. Entraram Aguero, Jesus, Guardiola botou as armas que podia para tentar corrigir a escalação errada. Foden parou em Christensen, Mahrez chutou perto. Não dava tempo, não seria justo. O Chelsea, que luta, que busca, que em última análise é mais tradicional, venceu.
Agora, feliz, o time de Londres comemora seu segundo título europeu, seu oitavo troféu internacional, encostando no Manchester United na busca pelo segundo lugar entre os maiores campeões internacionais entre os ingleses (o Liverpool tem disparada a primeira posição). O processo de crescimento que acontece desde um pouco antes da chegada de Abrahmovic vai se consolidando. Os Blues são hoje um gigante da Europa, um gigante bicampeão da Liga dos Campeões.
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