Mendonça - O ídolo da 'fila' botafoguense

Com informações do Memórias do Esporte
Foto: arquivo

Mendonça foi o grande nome do Botafogo na virada dos anos 70 para os 80

Um dos maiores ídolos do Botafogo, brilhando com a camisa do alvinegro nas décadas de 1970 e 1980, completaria 65 anos, se estivesse vivo, nesse 23 de maio. Mendonça foi um meia criativo, que dava esperanças à torcida da Estrela Solitária em um momento de vacas magras da história do clube.

Milton da Cunha Mendonça nasceu dia 23 de maio de 1956, na cidade do Rio de Janeiro. Iniciou sua carreira no Dente de Leite do Bangu A.C. aos doze anos de idade, transferindo-se em seguida para o Botafogo de Futebol e Regatas, pelo qual sagrou-se campeão em 1973 do Torneio Mundial de Cadets em Croix na França.

No clube de General Severiano, Mendonça acompanhou mais como fã do que como colega de trabalho uma geração vitoriosa comandada por craques como Gérson e Jairzinho, ícones da campanha do tricampeonato da Seleção Brasileira em 1970. Em 1975 ganhou sua primeira chance no “time de cima” do Glorioso e não perdeu mais a posição por sete anos seguidos. Jogou no profissional do Botafogo de 1975 a 1982. Pelo alvinegro carioca, marcou 118 gols em 342 partidas.

Estava em campo na final do Torneio Início do Rio de Janeiro em 1977, vencido pelo Botafogo, o qual podemos considerar como o único título oficial conquistado no período em que esteve no alvinegro, pois atuou pelo clube no famoso jejum de títulos que durou 21 anos (de 1968 a 1989).

O gol mais marcante da carreira de Mendonça foi contra o Flamengo em 1981, quando o rubro-negro foi eliminado pelo Botafogo para a disputa das quartas de final do Campeonato Brasileiro. No lance que mais tarde foi apelidado de “Baila Comigo”, Mendonça deu dois lindos e desconcertantes dribles em Júnior, passando pelo mesmo e colocando a bola forte, a meia altura, sem chances para o goleiro Raul Plassmann. O gol mereceu uma placa no Maracanã, que posteriormente foi retirada (não se sabe o motivo).


Após a saída do Botafogo, foi atuar na Associação Portuguesa de Desportos de 1983 a 1985, transferindo-se para a Sociedade Esportiva Palmeiras de 1985 a 1987. Pelo alviverde paulista marcou 19 gols em 106 partidas. Em 1986, estava em campo na decisão histórica quando o Palmeiras perdeu a final do Paulistão para a Internacional de Limeira. Posteriormente defendeu o Santos, Al Saad, Grêmio, Inter de Limeira e São Bento, retornando em 1990 ao Bangu Atlético Clube.

Em 2008 Mendonça teve duas significativas homenagens, tendo a SUDERJ imortalizado seus pés na Calçada da Fama do Maracanã no dia 24 de fevereiro, e o Botafogo lançado em 12 de agosto a camisa retro do craque. Porém, em 5 de julho de 2019, Mendonça veio a falecer depois de uma infecção grave.
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