Foto: Arquivo
A equipe do Panathinaikos finalista da Liga dos Campeões de 1971
O futebol grego não é necessariamente um dos titãs da Europa. Apesar da seleção nacional ter ganho a Eurocopa em 2004, são poucas as histórias de sucesso dos times helênicos em competições europeias. Apesar de ser disparado o time de mais sucesso no futebol local, não é o Olympiacos que viveu os principais momentos do país na Liga dos Campeões e sim o Panathinaikos, que hoje já não tem a mesma força de outros tempos.
Nos anos 1970, o PAO montou um dos melhores times da história do futebol grego, se não o melhor. Sob o comando do eterno Puskas, os alviverdes foram campeões do Campeonato Grego da temporada 1969/1970. O título classificou a equipe para a Liga dos Campeões da temporada seguinte, onde o time grego ficou a um passo de fazer história, mas não foi páreo para o absurdo Ajax de Cruyff.
A campanha europeia dos alviverdes começou com uma classificação tranquila sobre o Jeunesse Esch, de Luxemburgo. Uma vitória por 2 a 1 fora de casa e uma goleada por 5 a 0 no Apostolos Nikolaidis. Na fase seguinte, contra o Slovan Bratislava, o caldeirão do Apostolos Nikolaidis cozinhou os tchecos, que levaram 3 a 0 na Grécia e não conseguiram reverter em casa, vencendo por 2 a 1, placar insuficiente.
Nas quartas de final, o adversário foi só o campeão inglês Everton, oponente complicado. O Panatha, porém, foi forte, segurou os Toffees no Goodison Park e ainda saiu na frente com o matador Antoniadis, craque daquele time, porém, já nos acréscimos, Johson empatou o jogo. Na volta, num abarrotado Apostos Nikolaidis, o empate por 0 a 0 garantiu os gregos na semifinal. Lá, diante de um fortíssimo Estrela Vermelha, o sonho parecia acabar num 4 a 1 sofrido no Marakana, mas na volta, um 3 a 0 garantiu a classificação para a final. Nela, o Panathinaikos pegou o Ajax em Wembley e não foi páreo para o fortíssimo time holandês, que venceu por 2 a 0. Com 10 gols, porém, Antoniadis terminou como artilheiro da competição.
Vinte e quatro anos depois, na temporada 1995/1996, o PAO chegava de novo como campeão grego. Naquele ano, precisou primeiro eliminar o Hadjuk Split nas preliminares, passando com um empate de 1 a 1 fora de casa e um 0 a 0 em casa, nos gols fora de casa. Então, na primeira fase de grupos, os gregos caíram numa chave com Nantes, Porto e Aalborg, onde passaram na primeira posição, com 11 pontos, contra 9 do Nantes. Destaque para as vitórias contra o Nantes em casa por 2 a 0 e contra o Porto em Portugal por 1 a 0.
Nas quartas de final, o adversário foi Legia, que acabou batido por 3 a 0 no Olímpico de Atenas, após um empate por 0 a 0 na Polônia. Nas semifinais veio então o Ajax, engasgado desde 1971 e surpreendentemente, em pleno Olímpico de Amsterdã, o PAO venceu por 1 a 0. Porém, na volta, num lotado e esperançoso Apostolos Nikolaidis, o Ajax tratou de mandar os gregos para o espaço com um sonoro 3 a 0, acabando novamente com o sonho. Naquele ano, o grande destaque alviverde era o polonês Warzycha, até hoje maior artilheiro da história do clube.
O PAO ainda protagonizou outras campanhas interessantes na Liga dos Campeões. Em 2000/2001, caíram na segunda fase de grupos. Na temporada seguinte, foram até as quartas de final, onde deram um enorme trabalho ao Barcelona, apesar da eliminação (Puyol tirou um gol que daria a classificação aos gregos em cima da linha). Na mais recente das odisseias deles na Liga dos Campeões, em 2009, o Panatha passou na primeira posição num grupo onde estava a Internazionale, que inclusive foi superada em Milão pelos gregos, mas caiu nas oitavas para o Villareal. Desde então, o clube caiu muito de rendimento e já há muitos anos sequer joga uma UCL, ficando outras grandes campanhas apenas nos sonhos dos torcedores.
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