Foto: Juha Tamminen
Raí, entre Edu Marangon e Valdo, em um de seus primeiros jogos pela Seleção
Raí Souza Vieira de Oliveira , o ex-meia revelado pelo Botafogo de Ribeirão Preto e um dos maiores ídolos da história do São Paulo e Paris Saint-Germain, está completando 56 anos neste 15 de maio de 2021. Dias depois de completar 22 anos, mais precisamente em 19 de maio de 1987, ainda como jogador do Pantera, ele faria sua estreia pela Seleção Brasileira, no Wembley, em um empate em 1 a 1 contra a Inglaterra, pela Copa Stanley Rous.
Nascido em 15 de maio de 1965, Raí, irmão mais novo do também meia e craque Sócrates, assim como seu "mano", começou nas categorias de base do Botafogo de Ribeirão Preto. Ele teve uma passagem-relâmpago pela Ponte Preta de Campinas: se contundiu várias vezes e acabou voltando para o Tricolor do Interior. Nessa época, foi treinado pelo uruguaio Pedro Rocha, que viu em Raí uma dinâmica de jogo diferente e apostou no seu talento.
Com o estímulo, Raí foi melhorando o futebol e mesmo ainda atuando no Botafogo, chamou a atenção do treinador Carlos Alberto Silva e acabou se tornando um dos poucos jogadores de futebol de um clube do interior a chegar à Seleção Brasileira.
E sua estreia não poderia ser em um palco mais brilhante: o Wembley. No dia 19 de maio de 1987, o Brasil estreava na Copa Stanley Rous enfrentando a Inglaterra. Raí, começou no banco de reservas e, ao longo da partida, entrou no lugar de Edu Marangon.
O jogo contou com a presença de 92 mil torcedores. e Gary Lineker abriu o placar para os donos da casa e, no minuto seguinte, Mirandinha empatou para o Brasil. O cearanse Mirandinha, da cidade de Chaval, foi o autor do gol que nem Pelé conseguiu fazer, em Wembley. Devido à façanha, foi o primeiro jogador brasileiro a ser contratado pelo futebol inglês. Ele abriu as portas para transferência que hoje são muitas para a Inglaterra.
Mas voltando a Raí, ele foi bem nos minutos que jogou e foi melhor ainda no amistoso contra a Irlanda do Norte quatro dias depois, quando a Seleção Brasileira acabou perdendo por 1 a 0. Mas no segundo jogo pela Copa Stanley Rous, contra a Escócia, em 26 de maio, ele foi titular e marcou um dos gols da vitória por 2 a 0, que deu o título do torneio ao Brasil. Era a primeira vez que um selecionado não britânico conquistava o título da competição.
Depois, a história de Raí só cresceu. Ele foi contratado pelo São Paulo, onde virou ídolo. Apesar de não ter ido à Copa de 1990, virou o principal jogador e capitão da Seleção no início do trabalho de Carlos Alberto Parreira, em 1991. Chegou ao Mundial de 1994, já como jogador do Paris Saint-Germain, como titular e "faixa", fez gol na estreia, mas foi para o banco ao longo do torneio. Porém, sagrou-se campeão mundial. E esta história começou em 19 de maio de 1987, no Wembley.
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