Por Lula Terras
Foto: Ivan Storti / Santos FC
Santos está indo a campo sempre com um número considerável de jogadores oriundos da base
O Santos que formou o Rei Pelé, além de inúmeros outros craques que brilharam e continuam brilhando no mundo do futebol, vem mostrando nos últimos anos, que continua mantendo a tradição. Mesmo diante da maior crise que o clube passou, o time vem correspondendo positivamente, com excelentes campanhas no Brasileiro de 2019, quando ficou com o vice-campeonato, atrás apenas, do Flamengo, o campeão, e vice-campeão da Libertadores de 2020, quando perdeu na final para o Palmeiras.
Os grandes resultados vieram mais pelo desempenho do time em campo, sem qualquer contratação de peso. O fator decisivo, a meu ver e sem medo de errar foi a utilização dos atletas de sua base, que estão entrando para a história do clube. Alguns já foram negociados, com clubes do Exterior, outros, continuam sendo monitorados, para futura negociação, caso do zagueiro Kaique, os atacantes Kaio Jorge e Ângelo, entre outros, que estão mostrando bons serviços e que, poderão render um bom dinheiro ao clube a curto ou médio prazo.
Como nem tudo são flores na vida do Santos, a utilização obrigatória dos atletas da base, tem suas oscilações, devido à falta de maior experiência dos jovens atletas, com idades a partir dos 16 anos, dificulta manter um padrão de jogo uniforme, mas nada que coloque em risco sua campanha nas competições em curso, no Paulista, em que o treinador Ariel Holan aproveita para fazer novos experimentos, e na Libertadores, que o Santos já conseguiu sua passagem para a fase de grupos. Justamente, contra o último adversário, o San Lorenzo ficou evidenciado as oscilações, com um resultado espetacular, na Argentina, com a vitória por 3 a 1, e um empate, com gosto amargo, no jogo de volta. Depois de estar vencendo com folga, por 2 a 0, levou o empate, em 2 a 2 e quase saiu derrotado contra o adversário, que jogou boa parte do 2º tempo, com um jogador a menos.
Porém, não há muito o que fazer: sem dinheiro em caixa e com o transferban, o Santos não tem outra alternativa a não ser utilizar os seus jogadores oriundos da categoria de base. Aí fica a pergunta: se os jogadores não fossem de qualidade, o Santos estaria onde está hoje? Provavelmente, seria em uma posição pior.
Deve ser ressaltada, ainda o bom desempenho da atual diretoria que vem deixando claro seu objetivo priorizar o saneamento financeiro, negociando e quitando as dívidas, para num futuro próximo, voltar a contratar e, melhor ainda, trabalhar com afinco para que nossa base seja, cada vez mais forte e traga, importantes títulos e um bom dinheiro aos cofres, hoje, praticamente vazio. Eu, particularmente acredito, se não houver acidentes de percurso, que as coisas vão estar ajeitadas futuramente, e credito também, a ação dos Deuses do futebol, que continuam sem abandonar o Santos.
0 comentários:
Postar um comentário