Por Lucas Paes
Foto: Divulgação/UEFA
A UEFA não apoiará a suposta nova competição
.Os bastidores do futebol europeu (e mundial) estão em rebuliço neste domingo, dia 18 de abril. 11 gigantes europeus, de Itália, Inglaterra e Espanha estão envolvidos na possível criação de uma "Superliga" Europeia. A competição teria a finalidade de tanto trazer lucros maiores aos clubes envolvidos quanto reduzir o número de partidas que os clubes atuarão ao longo da temporada. A ideia é contrariada pela FIFA, UEFA e demais confederações e ligas nacionais.
O embrião veio através de cinco clubes do "Big Six" inglês (Liverpool, Manchester United, Chelsea, Arsenal e Tottenham), dos três gigantes italianos (Inter, Milan e Juve) e dos três gigantes espanhois (Atlético, Real Madrid e Barcelona). Estes são, pelo menos, os clubes que certamente são signatários da fundação da competição. A ideia seria uma liga se iniciando na temporada 2023/2024 com um fundo de apoio de mais de 6 bilhões de dólares. Ela seria presidida por Florentino Pérez, presidente do Real Madrid, com John Henry, do Liverpool, como vice.
A iniciativa parece inicialmente soar mais como uma manobra política do que como uma ideia viável, pelo menos num primeiro momento. Seguindo ao anúncio, diversas confederações e ligas nacionais, incluindo a FIFA, a UEFA, a Premier League, a La Liga e a Série A italiana anunciaram que não apoiariam a competição e que qualquer clube envolvido nela, além de seus jogadores, estariam banidos dos campeonatos e do futebol de seleções. Torneios menores, como a Eredvisie, dos Países Baixos, reforçaram a posição.
A queda de braço entre os clubes e a mandatária do futebol europeu se dá devido ao novo formato da Liga dos Campeões, que será, ou pelo menos, seria, anunciado nesta segunda-feira e ficaria válido justamente a partir da temporada 2023/2024: 36 clubes jogariam desde a fase de grupos, aumentando o número de jogos de seis para dez. Curiosamente, a "nova" Liga dos Campeões, porém, daria uma fatia de premiação ainda maior aos gigantes europeus. Claro, isso contando que eles se classificassem. Porém, o novo formato implicaria, obviamente, em mais jogos, apertando o já complicado calendário em alguns países.
Segundo uma reportagem da ESPN, há a informação que existem 20 clubes envolvidos de fato na Superliga, sendo 15 deles fixos e outros cinco rotativos dependendo do desempenho. Inicialmente, grandes alemães como Bayern e Borussia não foram convidados e não parecem estar envolvidos. Outra posição que surpreendeu muitos veio do Paris Saint-Germain, que não está convidado inicialmente e ainda ressaltou em nota que "o futebol é de todos", se manifestando contrário a ideia. O Manchester City também não aderiu, pelo menos num primeiro momento.
Apesar da intenção dos maiores clubes europeus, a Superliga tende mesmo a não acontecer se a pressão de FIFA e UEFA e das ligas nacionais seguirem contrária à ela. Além das sanções, a própria UEFA já anunciou uma multa gorda de 60 bilhões aos clubes envolvidos na criação da competição. Restará agora aguardar as cenas dos próximos capítulos dessa possível nova competição, que mesmo antes de ocorrer já agita o mundo do futebol.
Nas redes sociais, houveram reações muito mistas de torcedores. Há quem goste da ideia de jogar toda semana contra times do topo do futebol europeu, mas muitos ressaltam o fato da nova competição ser uma pá de cal para o futebol como conhecemos. Questionou-se, bastante, porém, o não envolvimento de forças como PSG e Bayern, que causou estranheza em muitos.
No meio tempo entre a notícia da criação da nova competição e a repercussão, já se informa que Florentino costurou um acordo com a UEFA para que os possíveis signatários da Superliga aderissem ao novo formato da Liga dos Campeões e deixassem a ideia da liga de lado. A confirmação sobre a situação, porém, só deve ocorrer nesta segunda-feira, no anúncio da mandatária do futebol europeu sobre o novo formato da "Champions".
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