Por Ricardo Pilotto
Foto: divulgação Paulista FC
Paulista venceu o River Plate em seu estádio
Nesta segunda-feira, dia 5, completam 15 anos que o Paulista de Jundiaí conseguiu uma vitória épica por 2 a 1 sobre o River Plate na Taça Libertadores de 2006, no Estádio Jayme Cintra. Naquela edição, o Galo disputava a competição sul-americana por ter vencido a Copa do Brasil do ano anterior. Aquela foi a primeira e única vitória do clube do interior paulista na Libertadores em toda a sua história. A partida foi realizada no Estádio Jaime Cintra, em Jundiaí.
Nos treinamentos, o treinador Vágner Mancini havia prometido que o time jogaria em alto ritmo e com muita velocidade desde o começo da partida. Logo aos seis minutos, em uma bela jogada de Beto, Jaílson deu assistência para Amaral, que chutou com força da intermediária e acertou o canto esquerdo de Lux, goleiro do River. O time argentino sentia muita falta de Marcelo Gallardo e acabou ficando muito acuado até levar o segundo gol que foi marcado aos 17 minutos ainda da primeira etapa. O lateral Lucas aproveitou a falha de Mareque, tomou a bola e foi a linha de fundo para cruzar na cabeça de Jaílson. Dois minutos depois do tento do clube do interior, com 19 minutos, o meia Patiño, conseguiu vencer uma disputa de bola com a zaga do Paulista e diminuiu o placar para dois a um.
Na segunda etapa, o clube do interior voltou com mais cautela, esperando uma pressão inicial dos argentinos em seu campo defensivo. Como o River ainda não havia levado um perigo real ao gol de Rafael nos 15 minutos iniciais, Daniel Passarella, treinador dos Milionários, colocou Montenegro, Zapata e Farías com o objetivo de melhorar o poder de ataque do time. Porém, essas três alterações feitas de uma só vez, não surtiram o efeito esperado e os argentinos não conseguiram chegar a igualdade no placar.
A melhor chance do segundo tempo foi criada pelo Galo, que mesmo jogando para segurar o placar, conseguiu encaixar um bom contragolpe e quase chegou ao terceiro gol. Na marca de 36 minutos, Jean Carlos conseguiu armar uma boa jogada e tocou para Douglas Marques, que exigiu uma bela defesa do goleiro Lux.
Nesta partida, o Paulista de Jundiaí começou com o seguinte time para enfrentar os argentinos: Rafael, Lucas, Dema, Rever e Beto; Glaydson, Douglas Marques, Amaral e Wilson; Jaílson e Muñoz, comandado por Vágner Mancini. Já o River Plate iniciou com: Germán Lux, Cristian Álvarez, Júlios César Cáceres, Cristian Tula e Lucas Mareque; Lucas Pusineri, Andrés San Martín, Oscar Ahumada e Jairo Patiño; Gustavo Oberman e Gonzalo Abán.
Naquela época, uma classificação do Paulista para a segunda fase poderia ajudar bastante o clube economicamente. Com o triunfo diante dos argentinos, o Galo ficou na terceira colocação do grupo 8, somando 5 pontos e ficando um ponto atrás do River, e o time de Jundiaí passou a ter chances de brigar pela vaga para as oitavas de final daquela edição. No fim, o Paulista só fez mais um ponto e não se classificou, enquanto a equipe Argentina foi a segunda da chave, caindo para o Libertad nas quartas-de-final.
O River Plate teve problemas depois daquela Libertadores, chegou a ser rebaixado no Campeonato Argentino, em 2011, mas se recuperou, conquistou duas vezes a competição sul-americana (2015 e 2018), se firmando como uma das maiores forças do continente. Já o Paulista, no segundo semestre daquele 2006, quase conquistou o acesso para a elite do Brasileirão, mas depois entrou em decadência. Atualmente está na última divisão do estado de São Paulo.
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