Com informações do GE
Foto: reprodução
Sede da Federação Paulista de Futebol
O Ministério Público de São Paulo quer que a Federação Paulista de Futebol se responsabilize em testar todas as pessoas envolvidas na partida até uma hora antes de a bola rolar. A observação foi feita em análise do órgão ao novo protocolo produzido pelos clubes, que tentam autorização para retomada do Campeonato Paulista.
No documento enviado à federação, o Ministério Público sugere que sejam utilizados testes de antígeno, de sensibilidade menor do que o RT-PCR, que se tornou padrão entre clubes de futebol, mas com resultado mais rápido.
Na tentativa de contar com o aval do MP para que jogos de futebol possam ser disputados em São Paulo, a Federação Paulista de Futebol produziu protocolo com a adoção de “bolhas” para jogadores e membros da comissão técnica, que ficariam confinados em hotéis durante a disputa do campeonato.
Em sua réplica, o Ministério Público apontou o que considerou fragilidades no protocolo. O órgão quer que, caso algum teste tenha resultado positivo para um profissional integrante da “bolha”, que a partida em questão seja cancelada.
Os membros do Comitê Médico e do departamento de competições da FPF analisaram as sugestões nesta terça. A necessidade de testar pessoas uma hora antes do jogo é considerada inviável pela federação. Apontam a necessidade de viagem de clubes e arbitragem, de montagem de estrutura de transmissão, por exemplo, tudo feito com antecedência, e que não podem ficar na dependência de um teste uma hora antes de a bola rolar para saber se o confronto acontecerá de fato.
O MP também incluiu a necessidade de jogadores ocuparem quartos individuais e de fazerem suas refeições em locais abertos. Por fim, sugere que os jogos sejam disputados ainda mais tarde do que as 20h, como indicou a federação. O horário é de início do toque de recolher em São Paulo, mas o MP entende que o ideal é que o início das partidas se dê com “margem de segurança maior” para desestimular aglomerações para ver os duelos na TV.
Uma nova reunião entre o MP e a FPF acontece nesta quarta-feira, às 18 horas. A Federação entende que ainda há espaço para discussão e que as recomendações não são mandatórias. Na FPF, há a expectativa de que o Ministério Público apoie a liberação dos jogos, o que levaria a decisão ao governo do estado, que há cerca de três semanas acatou recomendação da procuradoria para vetar eventos esportivos durante a fase emergencial.
Com essa possibilidade, a federação inclusive já programou jogos para essa semana que incluem duelos de Corinthians e São Paulo – a intenção é adiantar a logística para o caso de conseguir dobrar os órgãos estaduais. A atual fase emergencial em São Paulo tem prazo para acabar no próximo dia 11, com chance de ser estendida.
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