Por Lucas Paes
Foto: Ivan Storti/SFC
Ângelo fez um gol histórico diante do San Lorenzo
O Alvinegro Praiano passou em 2020 por um ano que começou turbulento, terminou turbulento, porém desaguou numa final de competição continental. Os Meninos da Vila seguem fazendo história e diante do San Lorenzo, Ângelo Gabriel se tornou o mais jovem à marcar em toda a história da Libertadores, com 16 anos, quatro meses e "alguns quebrados".
Há pouco tempo atrás, veiculamos no site uma matéria sobre Juan Carlos Cárdenas, até então o jogador mais jovem à marcar gol em uma Libertadores, com 16 anos, 7 meses e 2 dias. A marca foi estabelecida em 1962, muito antes do ídolo do Racing fazer história e ajudar o gigante de Avellaneda ao primeiro e, até o momento, único título de Libertadores de sua história, que só veio em 1967. Pois a marca cinquentenária de Cárdenas foi destruída por um garoto que não era nascido quando o Santos ganhou o Brasileirão pela última vez.
Ângelo é garoto, adolescente, tem ainda idade escolar. Nasceu em 21 de dezembro de 2004, sequer existia quando o Alvinegro Praiano foi campeão do Brasileirão naquele ano. Também não existia quando Sanchez começou sua carreira e ainda era um bebê quando Marinho passou pela base do Alvinegro Praiano em 2007. Pois esse menino, em todos os sentidos, foi gigante no Gasômetro e frio ao marcar o gol no rebote de um belo chute de Madson.
O possível novo raio do Peixe já entrou bem na partida. Em sua primeira finalização, chutou forte e quase complicou Devecchi, que falhou feio e quase levou o gol histórico. Era o presságio da história. Pouco depois, um Santos que já reassumia as rédeas do duelo que controlou a maior parte do tempo na Argentina, definiu o jogo com um gol de Âgelo quase anticlimático diante do bom futebol que o garoto costuma apresentar. Debaixo do gol no rebote, chutou com raiva, no alto, pra estufar as redes.
A história, mais uma vez, está escrita pelos meninos no Santos FC. O Peixe tem no momento atual uma das mais promissoras e possivelmente a melhor, pelo menos em quantidade, geração formada em sua base. Um time que forma quase que naturalmente, sem se organizar. Se a diretoria alvinegra seguir o curso que mostra caminhar, para que finalmente o gigante de Vila Belmiro caminhe por trilhos mais tranquilos, o futuro pode ser promissor, sem nunca se esquecer, é claro, da base, pois se o Santos é o que é, é devido à ela. Bem vindo a história, Ângelo Gabriel.
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