Foto: arquivo
Nilton Santos fez o seu primeiro jogo pela Seleção Brasileira em 1949
Nilton Santos foi um dos maiores jogadores da história do futebol mundial. Sua sabedoria dentro de campo o fez ganhar o apelido de "Enciclopédia". Por conta disso, o ídolo do Botafogo foi dono da lateral-esquerda da Seleção Brasileira por mais de uma década e tudo começou em 17 de abril de 1949, no Pacaembu, em uma goleada de 5 a 0 sobre a Colômbia, pelo Campeonato Sul-Americano daquele ano.
O então jovem jogador do Botafogo, de 23 anos, vinha chamando a atenção por suas atuações. Com isto, Flavio Costa acabou o convocando para o Campeonato Sul-Americano de 1949, realizado no Brasil. Seria a primeira chance de Nilton Santos com a então camisa branca da Seleção Brasileira que poderia estar na Copa do Mundo que se realizaria no ano seguinte, também no Brasil.
Apesar de talentoso, Nilton Santos não foi titular na competição e nos três primeiros jogos, vitórias do Brasil sobre Equador (9 a 1), Bolívia (10 a 1) e Chile (2 a 1), sequer entrou no decorrer das partidas. Sim, aquele Campeonato Sul-Americano permitia substituições.
Mas a bela história de Nilton Santos com a Seleção Brasileira iniciaria no dia 17 de abril. No Pacaembu, o time de camisa branca faria o seu quarto jogo na competição, contra a Colômbia. O time cafeteiro não era nem sombra dos dias de hoje e a aposta era de mais uma goleada do time da casa.
Os minutos da primeira etapa foram concretizando os prognósticos. Tesourinha, aos 20', Canhotinho, de pênalti, aos 24', e Orlando, em uma bela bicicleta, aos 44', fizeram com que o Brasil fosse para o intervalo vencendo pelo placar de 3 a 0.
Na volta, uma novidade: Nilton Santos entrou no lugar de Mauro e fazia sua estreia pela Seleção. Da defesa, o jogador viu Ademir de Menezes marcar mais duas vezes, aos 3' e 42', e dar números finais ao jogo: Brasil 5 x 0 Colômbia.
E a história de Nilton Santos com a Seleção Brasileira estava iniciada. Ele só voltaria a campo pelo time nos jogos preparatórios para a Copa de 50, onde foi convocado, mas acabou não jogando. Das arquibancadas, já que na Copa do Mundo não havia banco de reservas, viu o titular da sua posição, Bigode, falhar no gol que deu o título ao Uruguai. Flávio Costa achou Nilton Santos muito técnico e preferiu alguém mais forte na marcação.
Mas a história compensou o jogador. A "Enciclopédia do Futebol", como ficou conhecido durante a carreira, conquistou duas Copas do Mundo: em 1958 e 1962. É, até hoje, um dos jogadores que mais vestiu a camisa da Seleção, que defendeu em quatro Mundiais. Foram 86 jogos e quatro gols defendendo o escrete canarinho.
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