Foto: divulgação FPF
Reinaldo Carneiro Bastos está buscando maneiras de não paralisar o campeonato
Foram três dias de muitas mudanças, mas na quinta-feira, dia 11, o governador de São Paulo, João Doria, anunciou a paralisação do futebol no estado por 15 dias, a partir da próxima segunda, dia 15, por conta do aumento de casos e mortes de Covid-19. Mas esta decisão teve muita pressão e mudanças de ideias até a decisão, que por incrível que pareça, ainda pode não ser a definitiva.
Tudo começou na última terça-feira, dia 9, quando o procurador-geral de justiça, Mario Sarrubbo, do Ministério Público de São Paulo (MP-SP), recomendou a paralisação do futebol no estado, além de outras atitudes, por conta da Covid-19. Esta atitude veio ao encontro de uma parecida do Ministério Público Federal (MPF), que fez o mesmo com a CBF.
Ainda na terça, a Federação Paulista de Futebol (FPF) divulgou uma nota criticando a então possível paralisação dos jogos no estado. Além disso, a CBF não acatou a recomendação do MPF e, assim, as competições nacionais continuaram. No mesmo dia, a Rádio CBN cravou que o futebol paulista pararia, com o anúncio sendo feito pelo governador na quarta-feira, dia 10. Mas não foi o que aconteceu.
Já na quarta, pela manhã, aconteceu uma reunião virtual entre Governo de SP, FPF e MP-SP. Nesta reunião, todas as partes defenderam suas posições e o governador não tomou a decisão. Na coletiva de imprensa, os membros do Palácio dos Bandeirantes não tocaram no assunto.
Parecia realmente que o futebol em São Paulo não ia parar. Porém, a nota da FPF de quarta não era tão firme de que a "bola continuaria rolando" nos campos paulistas. Apenas dizia que tinha havido a reunião e que estava à disposição do poder público para esclarecimento. A rodada do dia, nas Séries A2 e A3, aconteceu normalmente. Porém, a noite, a jornalista Joanna de Assis, do SporTV, afirmou que o Governo de São Paulo anunciaria na quinta-feira, dia 11, que o futebol iria parar.
Muitos ainda ficaram céticos com a informação de Joanna de Assis, até porque na terça a CBN cravou a paralisação e não havia acontecido. Porém, tudo mudou na manhã de quinta. Em entrevista a José Luiz Datena, na Rádio Bandeirantes, o presidente do Tribunal de Justiça Desportiva de São Paulo e deputado estadual, Delegado Olim, confirmou que o Governo de São Paulo já havia informado que iria anunciar a paralisação.
E isto aconteceu. Na coletiva da quinta, João Doria confirmou a paralisação a partir de segunda-feira, dia 15, até o dia 30 de março, mas com os treinamentos das equipes ainda liberados. Nos bastidores, o presidente da FPF, Reinaldo Carneiro Bastos, prometeu romper relações com o governador e ainda disse a assessores e presidentes de clubes de que continuaria com o Campeonato Paulista Série A1 em outro estado.
Durante a tarde e início da noite, Reinaldo realizou reuniões com os presidentes das três principais séries do futebol paulista e começou a consultar governadores para levar continuar com o campeonato. Chegou a ter o sinal verde do Rio de Janeiro, mas o governador interino, Claudio Castro, voltou atrás na decisão.
Segundo informações vindas da FPF, há ainda outros dois estados interessados em receber o Paulistão: Minas Gerais e Mato Grosso do Sul. Enquanto isto, a rodada do final de semana acontece normalmente e segunda-feira, dia 15, o futebol em São Paulo fica paralisado.
Porém, a história ainda não acabou. A FPF convidou o MP-SP e o Governo de São Paulo para uma reunião na próxima segunda-feira, dia 15, às 9 horas, na qual será discutido o calendário de jogos a fim de que, juntos, encontremos uma solução viável para adaptar as próximas rodadas da competição. Após este encontro, no mesmo dia, FPF e clubes se reunirão para definir o agendamento dos jogos.
Segundo o que foi apurado, a FPF vai apresentar, nesta reunião de segunda de manhã, um protocolo mais rígido que o atual, limitando ainda mais a presença de pessoas nos jogos, evitando até dirigentes dos clubes, e, com isto, tentar reverter a paralisação. Vamos ver as cenas dos próximos capítulos
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