Por Agência Futebol Interior
Foto: divulgação Polícia Civil-SP
Gabigol chegou a ser conduzido para a Delegacia
As férias do atacante Gabigol estão com os dias contados (reapresentação na segunda-feira), só que o jogador acabou encerrando o período de descanso da pior maneira possível: numa delegacia. O jogador foi detido na madrugada deste domingo pela Polícia Civil num cassino clandestino na capital paulista.
O atacante flamenguista estava num ambiente com cerca de 200 pessoas, um local que por si só já não poderia estar aberto por causa da jogatina criminosa, além, é claro, das regras impostas pelo Governo Estadual na fase vermelha para frear o número de casos e mortes pela COVID-19 (novo coronavírus).
Supervisor do GARRA (Grupo Armado de Repressão a Roubos e Assaltos)/DEIC, o delegado Eduardo Brotero comentou os passos da operação.
“Tivemos a informação através de uma força-tarefa montada pelo governo do estado com a Polícia Civil, Polícia Militar, Procon, Corpo de Bombeiros, vigilância sanitária e outros órgãos como a Guarda Civil Metropolitana de que no lugar haveria uma festa clandestina com aglomeração, que é o que combatemos. Ao chegarmos no local, para a nossa surpresa, não se tratava de uma festa clandestina, e sim de um cassino clandestino. Na verdade bastante grande. Com diversas pessoas aglomeradas, se expondo ao contágio novamente”, disse.
Todas as pessoas que estavam no cassino clandestino, incluindo o atacante Gabigol, foram encaminhadas para a Delegacia de Crime contra a Saúde Pública para assinar um termo circunstanciado, comprometendo-se a prestar futuros esclarecimentos sobre o ocorrido. Todos foram liberados em seguida. Além do atacante Gabigol, o funkeiro MC Gui era outro que estava no cassino clandestino e acabou sendo surpreendido pela Polícia Civil.
Arrogante - Em entrevista à Rádio Bandeirantes, o delegado Osvaldo Nico Gonçalves contou os bastidores da operação. No momento em que os policias entraram no local, o atacante do Flamengo tentou se esconder no meio das pessoas num camarote em que estava, com o intuito de passar despercebido. O delegado ainda disse que Gabigol foi arrogante e desrespeitou os policiais que o abordaram.
“Ele é uma pessoa que não tem um pouco de humildade. Ele maltratava os policiais e eu não admito isso. Chegou a dizer: Eu sou o Gabigol, olha lá o que vocês vão fazer”, disse. “Ele olhava para os policiais com olhar de superioridade, acho que é da personalidade dele. Chegou a dizer lá para o delegado que trabalha comigo que nós é que estávamos causando o tumulto e não ele. Ele teve um pouquinho de arrogância”, completou o delegado Osvaldo Nico Gonçalves.
Gabigol, um dos principais jogadores do Flamengo, se reapresenta ao clube nesta segunda-feira visando os primeiros jogos da temporada. Fica a expectativa se o atleta sofrerá alguma punição pelo ocorrido, principalmente por se expor durante a pandemia e colocar em risco, inclusive, funcionários e companheiros de clube.
Ainda sem o atacante, o Flamengo volta a campo neste domingo para enfrentar o Fluminense, às 18 horas, no Maracanã.
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