Foto: Mario C. Gonçalves / Correio de Atibaia
Sede da Federação Paulista de Futebol
A Federação Paulista de Futebol (FPF) divulgou nota na manhã desta terça-feira, dia 16, dando as informações de quais propostas forma levadas pela entidade para o Governo de São Paulo e Ministério Público, nas reuniões realizadas na última segunda-feira, dia 15, para que os eventos esportivos não fossem paralisados no estado, por conta da Covid-19. Entre elas, estavam a suspensão temporária do Paulistão A3 e parcial da Série A2.
"A partir do anúncio da paralisação do futebol, a FPF estudou alternativas e elaborou, com base em dados científicos, um protocolo ainda mais rigoroso para proteger atletas, comissões técnicas, árbitros e os profissionais do futebol. O documento prevê a redução de 56% da quantidade de partidas disputadas no período da Fase Emergencial, com a suspensão temporária da Série A3 e parcial da Série A2 do Campeonato Paulista —a Série A1 teria seus 24 jogos realizados", diz a nota divulgada pela entidade.
A FPF ainda chegou a sugerir uma espécie de bolha. "Para assegurar ainda maior segurança aos profissionais, o novo protocolo criava novamente o conceito de 'Bolha de Segurança', com todas as delegações testadas e isoladas em hotéis ou centros de treinamento até o fim deste período. Sem qualquer contato externo, os clubes se deslocariam apenas para os estádios (totalmente desinfetados) e retornariam para seus alojamentos, com testagens antes e depois das partidas".
Outro item sugerido sugerido pela entidade era a diminuição de pessoas trabalhando no jogo, conforme foi antecipado por O Curioso do Futebol no último domingo. " o número de profissionais de operação de jogo nos estádios seria reduzido em 70%, com um esforço coletivo de comunicação para conscientizar torcedores da necessidade do isolamento social".
FPF afirma que "futebol é seguro" - Segundo a Federação, foi apresentado para os envolvidos dados mostrando que o futebol é seguro. "O rígido controle faz com que o futebol tenha uma taxa de positividade de 2,2% —15 vezes inferior à taxa do Estado de São Paulo e menor do que a metade do que o número recomendado pela OMS para controle da pandemia (5%). E, como a grande maioria dos atletas que contraíram COVID-19 são assintomáticos, esta testagem ativa permite identificar e isolar imediatamente o profissional, evitando a contaminação de mais pessoas", diz a nota.
"O futebol é a atividade econômica que possui um rigoroso e inédito protocolo de saúde, com testagens semanais de seus colaboradores e acompanhamento médico diário. Com a paralisação, mais de 3.000 atletas, membros de comissões técnicas e funcionários das agremiações param de ter esse controle médico".
Ainda de acordo com a publicação, o Governo de São Paulo deu exemplos de países que tomaram medidas restritivas contra a Covid-19 e nestes locais o futebol não foi paralisado. "Na apresentação de quinta-feira, em que anunciou a Fase Emergencial, o Governo do Estado de São Paulo utilizou um slide em que citou como exemplo países que adotaram medidas restritivas. Em nenhum dos países listados pelo Governo, o futebol foi paralisado na segunda onda de COVID-19, o que demonstra que não há qualquer referência científica internacional que embase a decisão de paralisação do futebol para combate à doença".
A nota é encerrada dizendo que os argumentos não foram aceitos e confirmando a reunião com os clubes nesta tarde. "A FPF esclarece que, embora todas as medidas tenham sido bem recebidas pelo Governo de São Paulo e pelo Ministério Público, o pleito foi rejeitado sob argumentos que fogem de qualquer conceito médico e científico já visto mundialmente no combate à COVID-19. Nesta tarde (16), a FPF e os clubes das Séries A1, A2 e A3 se reunirão novamente para discutir as medidas que serão tomadas, garantindo a conclusão das competições em suas datas programadas".
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