Com informações do GE
Foto: divulgação
O polêmico bicheiro Castor de Andrade, que foi o "manda-chuva" do Bangu por décadas, é o tema do documentário "Doutor Castor", que estreou na quinta-feira, dia 11, às 10 horas, com quatro episódios no Globoplay. A série traça o perfil do homem odiado, temido e adorado, que completaria 95 anos, se estivesse vivo, neste 12 de fevereiro.
Como contar a história de um personagem de tantas facetas como Castor de Andrade? Bicheiro responsável por crimes cruéis no Rio de Janeiro, o contraventor buscou a autopromoção através de duas paixões nacionais, o futebol e o carnaval.
Entre as décadas de 80 e 90, Castor de Andrade foi o principal responsável por grandes times do Bangu, que chegou a jogar uma final de Brasileiro, e pela mudança de patamar da Mocidade Independente de Padre Miguel, que se firmou como uma das grandes escolas de samba do Rio.
"A pessoa que acompanhar vai perceber na verdade que se trata de um personagem muito complexo", explica o roteirista do documentário, Rodrigo Araújo.
O mesmo bicheiro capaz de entregar malas cheias de dinheiro aos jogadores do Bangu também dava tiros na concentração do time diante do elenco inteiro. Em um dia, podia desferir socos no árbitro. Na semana seguinte, recebia o juiz com bufê completo e cervejas geladas no vestiário.
Desacreditado com o vice-campeonato brasileiro em 1985 (perdido para o Coritiba nos pênaltis) e com o fracasso no Campeonato Carioca do ano seguinte, Castor deixou o futebol em segundo plano. Se em campo o caneco não vinha, na Sapucaí a Mocidade enfileirava títulos. Enquanto o bicheiro foi seu presidente de honra, a escola de Padre Miguel se sagrou campeã em 1985, 1990, 1991 e 1996.
Nascido em 1926 no Rio de Janeiro, Castor de Andrade morreu em 1997, aos 71 anos, vítima de um infarto fulminante. Na ocasião ele cumpria pena de prisão domiciliar por formação de quadrilha armada. Desde então, como explica o diretor do documentário, Marco Antonio Araújo, falar sobre Castor virou um tabu.
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