Há 10 anos, o Santos estreava na Libertadores de 2011

Por Lucas Paes
Foto: Alejandro Yanez/AFP/Veja

Este será o primeiro artigo do especial de O Curioso do Futebol relembrando todos os jogos da campanha do Santos na Copa Libertadores de 2011. As partidas, assim como o título, completam 10 anos neste 2021.

Neymar era um dos destaques do Santos

O ano de 2011 começava com enorme expectativa para o torcedor santista. Depois de um início de 2010 que se anunciava um pesadelo pelas notícias que vinham de fora do campo, o Alvinegro Praiano deu show, venceu o Campeonato Paulista, venceu a Copa do Brasil e, a bem da verdade, não ganhou o Brasileirão pois desistiu de lutar por ele. A espera maior era pela Libertadores e num dia 15 de fevereiro como hoje, só que dez anos atrás, começava a campanha do Santos na competição, com um insosso 0 à 0 contra o Deportivo Táchira, no Estádio Pueblo Nuevo, na Venezuela.

A partida marcava a estreia de um tal de Neymar e de Danilo na Libertadores. Na verdade, no próprio ano de 2011. Até então, o Peixe havia jogado sem os dois devido ao Sul-Americano sub-20, onde ambos representavam a Seleção Brasileira. Até então, em 8 jogos, os comandados de Adilson Batista haviam vencido cinco vezes e empatado outras três. Uma dessas vitórias foi no clássico contra o São Paulo, por 2 a 0. Era de se esperar um bom resultado em terras venezuelanas.


Porém, a partida santista não foi grande coisa. O Peixe até criou algumas chances, a principal delas uma bola na trave de Danilo no primeiro tempo e teve pouco depois um gol anulado. O Táchira, mostrando fraquezas nítidas, pouco conseguiu criar no primeiro tempo, mas o que chamava a atenção eram erros bobos de Neymar e Danilo, que pareciam exaustos devido a participação no sul-americano sub-20 que havia se encerrado há poucos dias.

Na etapa final, o time da casa até chegou a oferecer perigo em um chute de Herrera, mas a verdade é que o ritmo do jogo caiu mais ainda. Arouca, numa finalização de fora da área para fora e Durval numa perigosíssima cabeçada criaram as melhores oportunidades santistas. Sem conseguir chegar muito mais além disso, o Peixe ficou num incômodo placar zerado que incomodava para o resto da primeira fase, com jogos contra os complicados Cerro Porteño e Colo Colo.


Aquela seria a única partida de Adilson Batista comandando o Santos na Libertadores. Naquele momento, apesar do bom aproveitamento, começava a se questionar a falta da criatividade do Alvinegro Praiano sob o comando do treinador. Curiosamente, o destaque daquela partida, para os jornais venezuelanos pelo menos, foi Rodrigo Possebom, volante que tinha como destaque ser uma promessa com passagem pelo Manchester United. Ele acabou fazendo um bom jogo defensivamente, num dia de Neymar e Danilo apagados.

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