Por Lucas Paes
Foto: Arquivo
Scifo teve sua primeira grande chance na Inter
A Bélgica é hoje uma respeitada e admirada seleção, uma das favoritas ao título mundial em 2022, muito graças a qualidade de nomes como Hazard, De Bruyne, Lukaku, entre outros. Mas, muito antes dos atuais craques dos diabos vermelhos nascerem, um jogador do país encantou o mundo, ganhou o apelido de pequeno Pelé e é até hoje um dos melhores jogadores que o país já produziu, trata-se de Enzo Scifo, que completa 55 anos neste dia 19. A primeira grande oportunidade de sua vida num clube grande foi na Inter.
Scifo chegou a Beneamata em 1987. Chamava a atenção do mundo como uma jovem promessa quando fez uma grande Copa do Mundo, chegando a Milão um ano depois. Era apresentado como grande esperança de uma Inter que tentava de todas as formas desbancar a Juventus de Turim, naquela que era, e, de fato, ainda é a maior rivalidade italiana. O belga chegava como uma esperança interista.
Porém, o ritmo da Série A foi muito para um jovem Scifo. Ele demorou a se adaptar em Appiano Gentile, num time estrelado dos nerazzurri que nunca conseguiu engrenar. A Inter de Trapattoni no comando, que tinha nomes como Bergomi, Zenga, Giuseppe Baresi, o capitão Altobelli e o ótimo Serena, além de Scifo, não conseguiu em nenhum momento da temporada jogar um futebol minimamente convincente. Quinto lugar na Série A, queda nas semis da Copa Itália para a campeã Sampdoria e queda nas oitavas da Copa da UEFA para o Espanhol.
Scifo acabou atuando apenas aquela temporada pela Inter. Foram, entre Série A, Copa Itália e Copa da UEFA um total de 44 partidas e apenas cinco gols, acabaria negociado ao fim da temporada européia com o Bordeaux. A Benamata voltaria a ganhar o Scudetto na temporada seguinte, já sem o jovem belga em seus quadros.
Scifo sofreu no Bordeaux e só voltou a jogar bem no Auxerre. Voltaria a fazer história na Itália alguns anos depois, atuando pelo Torino, clube onde é ídolo e um dos maiores jogadores da história do rival da Juventus.
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