Por Lucas Paes
Foto: Arquivo
Altair basicamente "viveu" para o Fluminense
Nos dias de hoje é cada vez mais raro ver jogadores que dedicam a vida à um único clube, jogando e trabalhando por ele. Mesmo apenas no período dentro de campo, é raríssimo termos a oportunidade de vermos bandeiras que passam a carreira inteira num único clube. Mesmo alguns casos recentes sempre comentados, como Zanetti, Gerrard e Lampard atuaram por mais de uma equipe na carreira, mesmo que em final ou bem no começo. Um dos ícones atuais dessa rara classe, o argentino Messi, provavelmente perderá em breve esse status. Neste dia 22 de janeiro faria 83 anos um dos brasileiros que dedicou a vida á um clube: Altair, que tem uma vida de serviços ao Fluminense.
Lateral esquerdo de ótima técnica, Altair chegou as Laranjeiras em 1955, aos 17 anos, vindo da Manufatora de Niterói. Veio ao Tricolor como quarto zagueiro, mas acabou mudando de posição devido a concorrência e isso foi basicamente a senha para o seu sucesso. Terminando a base no Fluzão, já em 1957 era titular da equipe, se tornando rapidamente um dos destaques da equipe. Naquele ano ganhou o primeiro título, vencendo o Rio São-Paulo.
Ótimo marcador, que dificilmente perdia uma dividida, mesmo sendo magro, era considerado o melhor marcador do craque Garrincha, destaque do Botafogo e do futebol brasileiro (e mundial) naqueles anos. Em 1959, foi campeão carioca pela primeira vez no Fluminense. No ano seguinte, o tricolor venceu outra vez o Rio-São Paulo. Seu bom futebol acabou fazendo com que fosse convocado para a Copa do Mundo de 1962, onde fez parte do time campeão do mundo no Chile, apesar de ser reserva de um tal de Nilton Santos.
Ainda ganhou pelo Fluzão o Campeonato Carioca de 1964 e 1969. Altair ainda atuou pelo Brasil na Copa do Mundo de 1966. Jogou no total 551 partidas com a camisa tricolor, marcando dois gols. Pela Seleção Brasileira foram 22 partidas. Pendurou as chuteiras em 1971, sendo considerado desde essa época um dos grandes jogadores da história do time das Laranjeiras, até hoje um dos grandes ídolos do clube.
Ainda seguiu ligado ao Fluminense mesmo após encerrar a carreira. Tricolor de coração, retornou nos anos 1990 fazendo parte de diversas comissões técnicas, assumindo como treinador interino algumas vezes nos anos de 1992, 1996, 1997 e 1998. Em 9 de agosto de 2019, aos 81 anos, foi jogar no time dos eternos, recebendo diversas homenagens do clube ao qual dedicou a vida.
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