Com informações da Revista Placar
Foto: Arquivo
O time campeão em 1988
A Tuna Luso Brasileira está completando 118 anos de fundação neste 1 de janeiro de 2021. Com uma história riquíssima e tendo conquistado recentemente o título da divisão de acesso paraense, o time tunante foi campeão da elite estadual pela última vez em 1988, depois de uma disputa na Justiça Desportiva com o Paysandu.
O campeão paraense de 1988 é a Tuna Luso. E e também o Paysandu. E não é ninguém. Em meio a muita confusão, tapetão e jogos cancelados e turnos extras, o Pará ainda não sabe quem realmente venceu o campeonato deste ano. Tuna e Paysandu garantem que é deles e por isso os dois entraram na justiça.
O Paysandu se julga campeão porque venceu os dois turnos dentro de campo. Só que a Tuna conseguiu ganhar o primeiro turno no tapetão, Com isso, forçou a Federação Paraense a programar um quadrangular final entre os dois brigões, mais Remo e Pinheirense - como previa o regulamento. O Paysandu, campeão de 1987, tentou impedir a medida no Superior Tribunal de Justiça Desportiva da CBF, mas se deu mal. Foi goleado por 7x0.
Inconformado o time inventou uma tática para confundir ainda mais o campeonato. No turno extra o Paysandu criava uma justificativa, a cada partida, para não entrar em campo. Perdia por WO, para depois, como realmente fez, recorrer à Justiça. Enquanto isso a Tuna acabou vencendo o ‘quadrangular de três’ e intitulou-se a campeão de 1988. Doce ilusão.
A própria Federação entrou na Justiça contra uma medida do Conselho Arbitral. Os cartolas queriam anular a decisão que deu o título do primeiro turno à Tuna. Se isso acontecer o campeão será o Paysandu.
Obs: com estes resultados, a Tuna Luso venceu o turno extra. Nesta fase a Tuna entrou com três pontos de bonificação pela conquista do primeiro turno. O Paysandu perdeu todos os seus jogos por não comparecimento”.
Este foi o campeonato mais suado para a Tuna (…). É que insubordinando-se contra o Conselho Arbitral da F.P.F, o Paysandu, no dia 17.11.1988 entendeu de não ir a campo (Mangueirão), enfrentar a Tuna em partida oficialmente programada. A Tuna foi e esperou em campo, juntamente com as autoridades o adversário que não foi e perdeu de WO, gerando daí uma das mais longas lides do esporte local, finalmente ganha através da decisão do S.T.J.D., conforme ofício nº 310/92 de 26.12.92 enviado à F.P.F., que cumpriu a determinação entregando a taça, que inclusive andou desaparecida um tempo.
Na campanha desse campeonato a Tuna jogou 23 vezes perdendo apenas o último jogo de 1x0 para o Remo. O time base dessa maratona foi: Jurandir, Jair, Belterra, Luiz Otávio e Mario Vigia; Edgar, Vicente Bateria e Sanauto; Tiago, Cabinho e Luiz Carlos. Técnico: Fernando Oliveira (…). A Tuna fez 37 goals contra 15 dos adversários. Luiz Carlos com 14 goals foi o artilheiro, seguido de Cabinho com 10, Tiago 04, Vicente 03 e Sanauto, Gil Mineiro, Jango, Ageu, Paulão e Maracanã com um cada.
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