Por Lucas Paes
Foto: Arquivo
O Fluminense ganhou o campeonato de maneira polêmica em 1985
O ano de 1985 foi marcante para o Bangu, que tinha um ótimo time e fez a melhor campanha de sua história no Brasileirão, perdendo a final da competição para o Coritiba. Porém, o tradicional clube alvirrubro teve outra chance de título, no final daquele ano, numa época onde os estaduais eram decididos em dezembro, numa final de Carioca diante do Fluminense, exatamente no dia 18 daquele mês, no Maracanã. A arbitragem de José Roberto Wright, porém, traz polêmicas até hoje.
Aquele duelo no Maracanã valia pela última rodada do triangular final da competição, que envolvia o campeão da Taça Guanabara (Fluminense), o campeão da Taça Rio (Flamengo) e o time com melhor campanha acumulada (Bangu). Naquele último jogo, apenas o Bangu e o Flu tinham chance de título. O Castor, inclusive, entrava em campo com a vantagem do empate.
O duelo teve um balde de água gelada em cima do Fluminense, que tinha apoio da maioria dos 88 mil torcedores presentes: aos 4 minutos, Marinho, craque daquele time do Bangu marcou de cabeça o primeiro gol da partida. O drama ia para o lado tricolor, que precisava virar o jogo. E no primeiro tempo, mesmo com apoio total da torcida, não conseguiu marcar algum gol, mantendo-se o placar de 1 a 0.
É fato que o Flu inclusive reclamou um pênalti no segundo tempo, na primeira grande polêmica do jogo, quando um zagueiro do Bangu cortou com a mão um chute de Renê. Right interpretou o toque como não pênalti. Partindo pra cima, porém, o Pó de Arroz empatou aos 18 minutos do segundo tempo, com Romerito, craque daquele time tricolor e virou com o talismã Paulinho, que, vindo do banco, marcou um belíssimo gol de falta. Jair reclamou bastante, mas claramente empurrou Washington na disputa de bola pelo alto.
A maior polêmica da arbitragem veio já nos acréscimos. Cláudio Adão foi lançado em clara condição de marcar o gol, ultrapassou Vica que desesperadamente derrubou Adão um pênalti claro que Wright ignorou e causou uma enorme polêmica e reclamação, com três expulsões de jogadores do alvirrubro e trocas de agressões entre o árbitro e o segurança do dirigente Castor de Andrade. No fim das contas, o Flu ficou com o tricampeonato.
Wright argumentou depois em entrevista que havia acabado o jogo e por isso não deu o pênalti. A questão toda acabou amplificada pelo fato do árbitro e ex-comentarista ser torcedor tricolor e até ter atuado como dirigente do Fluzão anos depois. O fato é que ficou a marca de um título ganho de forma polêmica, para não usar outro termo, pelo time das Laranjeiras.
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