Foto: arquivo
João Evangelista Belfort Duarte, o Belfort Duarte, ex-zagueiro que atuou no começo do nosso futebol virou até nome de prêmio. Nascido em São Luiz, no Maranhão, em 27 de novembro de 1883, faleceu na cidade mineira de Campo Belo no dia 27 de novembro de 1918, justamente no dia em que completaria 35 anos.
O maranhense Belfort Duarte, que dava seu nome a um troféu oferecido a jogadores que ficassem dez anos sem receber um cartão vermelho, foi o principal incentivador para que dezenas de clubes adotassem a identidade do clube que defendia, o America do Rio de Janeiro.
O zagueiro, que virou sinônimo de lealdade por ter avisado um juiz que havia cometido um pênalti não anotado inicialmente, tinha como objetivo criar um América em cada cidade brasileira. Se não conseguiu concretizar seu projeto, pelo menos lançou as bases para o nome mais massificado entre os clubes brasileiros.
Só no futebol profissional, pelo menos três dezenas de clubes foram chamados de América. Eles foram criados por todo o país. Com exceção do Centro-Oeste, todas as outras regiões do país têm campeões estaduais com o nome da equipe defendida pelo pioneiro do "fair play".
Antes de se mudar para o Rio de Janeiro, ajudou a fundar em São Paulo a Associação Atlética Mackenzie College, clube que ganhou notoriedade por ser o primeiro genuinamente brasileiro, sem interferência de ingleses.Belfort Duarte foi o primeiro nome do estádio do Coritiba Foot Ball Club, de 1932 a 1977, quando passou a se chamar Estádio Major Antônio Couto Pereira.
Belfort Duarte foi assassinado em Campo Belo, distrito de Resende, no pequeno sítio onde se instalara, em 27 de novembro de 1918, dia em que completou 35 anos de idade. O motivo teria sido uma disputa de terras. Segundo o testemunho de sua filha, D. Mary, ele estava vestido com a camisa rubra do América.
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