Por Lula Terras
Foto: divulgação Santos FC
Robinho com o presidente Orlando Rollo
Para a alegria da grande maioria dos torcedores e desconfiança dos críticos, Robinho está de volta ao Santos, pela quarta vez, onde pretende encerrar sua carreira. As negociações até que foram rápidas, ao contrário das vezes anteriores, quando os contratos foram minuciosamente discutidos, entre as partes, causando desgastes, que poderiam ser evitados.
Vários detalhes do contrato se tornaram públicos e amplamente divulgados nas redes sociais, como a questão salarial, que a meu ver é o que menos importa. Eu vejo bem positivo este retorno, mais como motivação para o resgate da autoestima dos torcedores mais apaixonados e que confiam na capacidade de Robinho de virar o jogo.
Não se pode negar que foi duro esse período para os torcedores, que viram o clube do coração, ser pessimamente conduzido, cheio de dívidas e, em descrédito perante aos demais clubes, o que acabou gerando severa punição da Fifa que o proibiu de contratar novos atletas, até se acertar com o Hamburgo, da Alemanha, situação que poderia se tornar mais grave, como perda de pontos no Brasileirão e o pior, o rebaixamento para a Série B. Felizmente, o acerto veio, e esperamos que seja cumprido fielmente, pelos atuais e próximos dirigentes.
Voltando ao Robinho. Em minha opinião, ele poderá ser muito útil, como referência para os mais jovens, assim como aconteceu em outras passagens, liderando jovens talentos como Neymar, Ganso, André, entre outros. . Formado nas categorias de base, lado do meia Diego foi grande destaque do elenco profissional, na conquista dos Brasileiros de 2002 e 2004. Em 2005 foi vendido ao Real Madrid. Em 2010, voltou por empréstimo, pelo Manchester City, para atuar junto aos recém promovidos, Neymar e Ganso. A terceira passagem foi em 2014 emprestado pelo Milan, ajudando o clube ser campeão Paulista no ano seguinte.
É claro que não podemos esquecer de sua condenação por estupro na Itália. Este fato joga contra o retorno do jogador para um clube que fez até campanhas contra o abuso sexual. Há quem defenda o jogador, dizendo que o julgamento feito pela Justiça italiana teve ares racistas (outra polêmica), mas não há como defender o fato: ele foi condenado, mesmo que haja espaço para recursos.
Além disso, hoje não se pode esperar a mesma desenvoltura e habilidade com os pés, como antes. Por outro lado, bem mais experiente Robinho pode ser uma referencia no meio de campo, armando as jogadas de ataque, enfim, só o tempo poderá confirmar ou não essa expectativa. Aguardemos.
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