Quando Paulinho virou McLaren

Por Lucas Paes
Foto: Arquivo

Paulinho McLaren viveu bons momentos no Santos

Paulo César Vieira Rosa, conhecido muito mais pelo apelido Paulinho McLaren é uma das figuras de qualidade numa época em que a torcida do Santos tinha pouco o que comemorar. Doo de grande faro artilheiro, Paulinho, que completa 57 anos neste dia 28, só não fez mais pelo Peixe pois pegou uma época de vacas anoréxicas em Vila Belmiro. Porém, quando chegou ao Alvinegro Praiano, o centro-avante não tinha o apelido o qual o consagrou ainda. Foi depois da passagem pelo alvinegro que ele ganhou sua alcunha.

Paulinho chegou do Figueirense sob desconfiança da torcida santista em um período complicado da história do clube. No Figueira, havia mostrado qualidade e gols que levaram o Peixe a contrata-lo. Em sua primeira temporada pelo clube, jogou 15 jogos e marcou sete gols. Apesar dos números relativamente baixos para os padrões meio absurdos atuais, conquistou rapidamente o coração do torcedor devido a sua velocidade e faro de gol. 

Depois de fazer um ano apenas razoável em 1990, quando num time não muito forte do Peixe marcou 13 gols em 49 jogos, foi em 1991 que o atacante entraria de vez na galeria de grandes artilheiros do clube. Naquele ano, mostrou toda a sua qualidade marcando ótimos 23 gols em 53 jogos, um número excelente num time apenas mediano. Foi no Brasileirão, acima de qualquer competição, em que Paulinho foi incrível, marcando 15 gols em 13 jogos e terminando como artilheiro do torneio.


Foi nesse torneio que acabou por ganhar o apelido pelo qual ficou famoso. Em 1991, Senna vivia seu auge como piloto e era a maior estrela do esporte brasileiro no mundo, o maior orgulho nacional de um país que também não vivia seus melhores momentos. Paulinho, então, ao marcar um gol contra o Vitória, em março, homenageou o piloto comemorando como se dirigisse um carro de Fórmula 1. Breve, a associação com Senna e sua equipe, a MC Laren, foi feita pela imprensa e então o atacante santista assumiu o apelido. O jogo terminou 2 a 0 para os santistas, na Vila Belmiro

Paulinho permaneceu no Santos até 1992, quando acabou negociado com o Porto. Uma das grandes figuras dos anos 1990 na Vila Belmiro, fez um total de 142 jogos e marcou 57 gols com a camisa do Alvinegro Praiano, marca suficiente para que os torcedores guardem com carinho até hoje sua passagem pelo litoral paulista.
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