Foto: Arquivo
O Cruzeiro é atualmente conhecido por atuar no Estádio Governador Magalhães Pinto, o Mineirão, pertencente ao Governo do Estado de Minas Gerais. Porém, a Raposa, desde os seus tempos de Palestra Itália, teve sua casa, o Estádio Juscelino Kubitschek de Oliveira, conhecido como Barro Preto, inaugurado em 13 de setembro de 1923.
Em sua inauguração, o então Palestra Itália recebeu o Flamengo. “Uma festa que nenhum italiano pode perder”, anunciava o Araldo Italiano, convocando os torcedores da equipe. Realmente a partida foi boa e terminou com o placar de 3 a 3. Na época de sua inauguração, as arquibancadas eram de madeira.
Em 1945, o estádio passou por ampla reforma, ganhou arquibancadas de cimento, vestiários, tribunas cobertas e o nome de Juscelino Kubitschek, ilustre cruzeirense. A capacidade passou para 12 mil pessoas. Muitos jogadores ajudaram nas obras. A inauguração foi em 1º de julho, com o empate do Cruzeiro com o Botafogo por 1 a 1. Naquele mesmo ano, foram inaugurados os refletores.
O estádio, entre outro jogos importantes, sediou: a maior goleada da história do clube, Cruzeiro 14 x 0 Alves Nogueira; o jogo do título do Campeonato da Cidade 1929, Palestra Itália 5 x 2 Atlético-MG; e, o jogo do título do Campeonato Mineiro 1959, Cruzeiro 3 x 1 Democrata de Sete Lagoas.
Porém, com a construção do Estádio Independência e depois do Mineirão, o acanhado Estádio do Barro Preto passou a ser deixado de lado pelo Cruzeiro. O mesmo aconteceu com o Atlético Mineiro, com o Estádio Presidente Antônio Carlos, o Colina, onde hoje está o Shopping Diamond Mall.
A última partida do time profissional do Cruzeiro no Barro Preto foi um amistoso contra o Democrata de Sete Lagoas em 14 de fevereiro de 1965, vencido pela Raposa por 4 a 0. Em março de 1973, a diretoria celeste se preocupava com o destino do estadinho, conforme reportagem publicada pelo Estado de Minas, no dia 18: “O velho Estádio JK está acabando. Que fazer com ele?”.
Foram necessários 12 anos depois daquela reportagem para que o Estádio JK tivesse enfim novo destino. Em 1985, o clube firmou convênio com a Secretaria de Estado de Esportes, Lazer e Turismo para a construção de quadras poliesportivas. O presidente da época, Benito Masci, justificou assim a decisão: “O campo de futebol não existia. No seu lugar teremos uma praça esportiva e o Cruzeiro será o segundo Minas Tênis Clube”. A decisão, no entanto, não foi bem recebida pela torcida, já que o convênio foi assinado sem aviso prévio.
Posteriormente, o Cruzeiro voltou a reformar o local, hoje chamado de Parque Esportivo. O futebol profissional não tem mais vez no espaço, que conta com ginásio para três mil pessoas, quadras, piscinas, salão de eventos e salão de festas.
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