Por Lula Terras
Foto: divulgação
Orlando Rollo assumiu provisoriamente a presidência do Santos
Ao que parece, as coisas no Santos FC começam a acontecer da forma como devem ser. O Conselho Deliberativo, que representa a vontade dos associados e torcedores atendeu parecer da Comissão de Inquérito e Sindicância (CIS) e resolveu abrir o processo de impeachment contra o presidente José Carlos Peres e os membros do Conselho Gestor, por irregularidades nas contas de 2019. Dos 176 conselheiros participantes, 161 votou pela abertura do processo, seis votaram contra e foram nove abstenções.
Deve ser registrada ainda, a presença, em frente ao Estádio, de inúmeros torcedores, entre os quais, integrantes da Torcida Jovem, que foram cobrar dos conselheiros a abertura do processo. Eles ficaram até o final da reunião, quando foi anunciada a abertura do processo, que deverá estar concluída, em até 60 dias, conforme informou o presidente do Conselho, Marcelo Teixeira.
Este não foi o primeiro processo de impeachment sofrido por Peres, que teve reprovadas as contas, nos seus dois primeiros anos de mandato. Em 2018, em seu primeiro ano de gestão, passou pelo primeiro processo de impeachment, mas conseguiu se livrar, por decisão da maioria dos associados que votaram contra a indicação do Conselho Deliberativo.
Ao contrário da situação anterior, em que continuou no comando do clube, durante o processo, desta vez Peres foi afastado para que o processo seja encaminhado sem interferências, que possam prejudicar o seu andamento. Por seu lado, Peres já adiantou que vai recorrer na Justiça, da decisão, o que é de seu direito, ninguém pode negar.
O que pode acontecer e causa preocupação é como a Justiça se pronunciará, uma vez que no Brasil, cada juiz, advogado e promotor de Justiça têm sua interpretação das leis, ou seja, ninguém pode determinar, com tranquilidade, que tudo será resolvido, rapidamente.
Independentemente de qual seja a decisão judicial, o Conselho deve prosseguir em seu trabalho visando o impedimento, em primeiro lugar e buscar, junto com Orlando Rollo que assume interinamente, uma fórmula de administrar o clube com o objetivo de se livrar das punições já impostas e evitar que outras aconteçam, o que pode tornar a vida do clube insustentável.
Vale lembrar que as eleições no clube irão acontecer em dezembro próximo, com na participação de ao menos oito candidatos à presidente. Cabe ao Conselho também, não só preparar o processo eleitoral, mas manter uma vigilância firme, para que a instituição não seja tomada por aventureiros.
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