Por Lucas Paes
Foto: Ivan Storti/SFC
William Thomas chegou para modernizar a gestão do Santos
O Santos segue assinalando todos os itens da "Cartilha do Rebaixamento". Sem muitas surpresas, o diretor de futebol do clube, William Thomas, pediu demissão do cargo do clube seguindo a saída de Jesualdo Ferreira. Chegando a Vila Belmiro, o diretor de futebol já vinha em rota de colisão com José Carlos Peres e a situação ficou insustentável com a forma como foi feita a demissão de Jesualdo Ferreira. William era em muitas partes responsável por evitar problemas maiores entre diretoria e jogadores do Santos.
A saída de Thomas serve pra botar mais lenha na fogueira que parece incinerar a cada dia a paciência e a esperança do torcedor do Alvinegro Praiano. Com problemas sérios de gestão e a perda do profissional que blindava o elenco, é possível esperar de tudo nos próximos dias, inclusive uma nova debandada de jogadores do elenco. As noticias ruins não param de aparecer e o Santos nunca caminhou tão bem os passos para o inédito rebaixamento como faz agora.
É claro que o descenso pode nem acontecer e é até uma perspectiva precipitada. No elenco, os jogadores que o time possui seriam suficientes para evitar problemas, já que Marinho e Soteldo são uma das melhores duplas de pontas do futebol brasileiro e Carlos Sanchez é um jogador de nível altíssimo dentro do Brasileirão. Mas, como já afirmado em outros artigos, crises de gestão podem fazer times razoáveis descerem no Brasil. A saída de William representa a perda de alguém que ainda mantinha um elo de proteção do elenco em meio aos bombardeios diários que a gestão de José Carlos Peres, obviamente principal culpada pelo momento vivido pelos santistas, sofria. Agora esse elo de proteção se vai às vésperas da estreia no Brasileirão.
Em meio a isso, a única notícia "boa" que surge é que se acelera internamente o processo de impeachment de José Carlos Peres. Porém, não é muito confiável que quem arme tal impedimento esteja com os interesses do clube em mente. Não adianta Peres sair e entrar outro comandante que não pense no bem do clube, ou mesmo que não tenha as habilidades necessárias para guiar o barco santista em meio ao revolto mar pelo qual o clube passa. Qualquer passo agora pode piorar as coisas, mas não fazer nada pode ser ainda pior. É difícil acreditar num futuro positivo na Vila Belmiro.
Além de tudo isso, a base, outrora salvação do clube, parece sofrer com problemas na safra de atletas e também convive com situações escusas e certo sucateamento. Já não surgem mais valores como surgiam antes e mesmo assim não é a todo momento que aparecem Neymares e Robinhos para salvar o Santos. Passou da hora do clube parar de depositar suas fichas e esperanças na base e ter uma gestão profissional, o que pode ajudar inclusive a surgir mais jogadores. O Santos precisa sair do amadorismo para ontem, se não, mesmo que não seja esse ano, o inédito rebaixamento virá a cavalo.
O fato é que o clube atingiu mais uma "meta" da cartilha de um time rebaixado. Ás vésperas do início do Brasileirão, as esperanças do torcedor santista num ano pacífico são minimas e seja lá qual for o treinador que assuma essa bomba relógio, terá trabalho para blindar o elenco em meio a interminável crise de bastidores. Segue a afirmação de ontem, mais uma vez: o Santos é sim, seríssimo candidato ao rebaixamento em 2020.
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