Por Lucas Paes
Foto: Paulo Franken / Agencia RBS
Goiano celebra um gol pelo Grêmio
O Grêmio foi durante os anos 1990 uma das maiores e mais temidas entidades do futebol brasileiro. Quase como um chefão que se agigantava nas fases de mata-mata das competições, o Imortal foi sob o comando de Felipão um dos adversários mais indigestos da história do futebol sul-americano como um todo. Para dar sustentação aos shows apresentados por Paulo Nunes e Jardel, o meio tricolor tinha seu cão de guarda no bom volante Luís Carlos Goiamo, que completa 52 anos neste dia 31 de agosto.
Goiano chegou ao Grêmio em 1995, já com alguma experiência, vindo do Remo. Havia passado pelas mãos de Telê Santana no São Paulo, em 1993, mesmo jogando pouco com a camisa do Tricolor do Morumbi. No Grêmio, rapidamente virou titular caiu nas graças do torcedor num dos períodos mais gloriosos da história do gigante gaúcho.
Apesar de ter sua maior marca na questão defensiva, Luís Carlos também tinha qualidades ofensivas interessantes, contribuindo com gols e assistências ao longo de sua carreira no Olímpico. Estreou num amistoso contra o Esportivo de Bento Gonçalves e fez seu primeiro gol pelo clube numa derrota para o Palmeiras pela Libertadores da América, em duelo disputado no Parque Antárctica em fevereiro de 1995.
Ao longo de quatro anos jogando pelo clube gaúcho, foi peça chave em conquistas como a Libertadores de 1995, o Brasileirão de 1996, a Copa do Brasil de 1997, entre outros. Foram no total sete taças vestindo a camisa gremista. Em 1996 teve a boa marca de 10 gols marcados na temporada, sendo o último num duelo decisivo contra o Palmeiras, nas quartas de final, onde aumentou a vantagem conseguida pelos tricolores, que obviamente sairiam classificados rumo a conquista do título.
Sua despedida do clube foi curiosamente num Grenal, válido pela antiga Seletiva da Libertadores, em que o duelo terminou 1 a 1. Naquela altura era inclusive capitão do time. Deixou a equipe sendo dispensado ao final de 1999, indo jogar no Atlético Paranaense. Foi o fim de uma bonita história no Olímpico Monumental, deixando o clube órfão de um meio-campista que havia se tornado uma referência e um líder.
Entre 1995 e 1999, vestiu a camisa do Grêmio por 287 jogos, marcando um total de 30 gols pelo Imortal Tricolor. Goiano ainda atuou profissionalmente até o ano de 2003, quando pendurou as chuteiras jogando pelo América Mineiro. Hoje o ex-volante trabalha na diretoria de futebol do Grêmio Novorizontino, do interior de São Paulo.
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