Por Lula Terras
Foto: Pedro Ernesto Guerra Azevedo
Estádio Urbano Caldeira, a Vila Belmiro
A poucos dias de sua estréia no Brasileirão de 2020, no próximo dia 9, contra a forte equipe do Red Bull Bragantino, as possibilidades do Santos realizar uma grande campanha, pode ser considerada no mínimo, uma incógnita para o mais otimista de seu torcedor, que teme o rebaixamento para a Série B. Ainda, em 2020, teremos a Libertadores e a Copa do Brasil. A expectativa de título nessas competições é a mínima possível.
Parte desta linha de raciocínio deve-se pela decepcionante retomada do Paulistão, quando se despediu, melancolicamente, com um empate contra o Santo André e as derrotas para o Novorizontino, de virada, e para a Ponte Preta, em plena Vila Belmiro. Entre os motivos especulados, para o péssimo futebol apresentado está a crise instalada no clube, cujo ponto alto foi a decisão os jogadores Everson e Sacha, de entrar na justiça, pedindo a rescisão do contrato com o Peixe, por falta de pagamentos.
Com isso ficou claro que, ao contrário do que o presidente vem divulgando na imprensa, sua relação com o elenco, não é nada tranquila. Os atrasos constantes no pagamento e o golpe de misericórdia, dado por Peres, que foi a redução, em 70% nos salários dos jogadores, que teve repercussão nacional, foram determinantes para a situação chegar a este ponto, e não foi pior devido a ação firme do treinador, que enquadrou os jogadores, senão o prejuízo seria pior.
Tudo isso, somado à fragilidade do elenco, que foi montado de uma forma, que qualquer dona de casa entende bem, que é aproveitar o melhor momento, para aproveitar a xepa da feira. Também, o pouco aproveitamento dos atletas da base, como era feito anteriormente. É outro motivo para discussão.
Até neste ponto, Peres e seu grupo tem culpa no Cartório. Foi em sua gestão que fizeram uma limpa na base, com a dispensa de inúmeros atletas e membros das comissões técnicas, daí uma grande seca de títulos nas categorias.
Enfim, o quadro apresentado mostra que algo de urgente deve acontecer na Vila Belmiro, como tentativa de que o pior venha a acontecer, como o rebaixamento para a série B, ou pior, uma severa punição, pela Fifa, que já proibiu o clube de registrar novos atletas. Uma das alternativas seria a renúncia imediata de Peres, com a formação, de uma comissão de alvinegros notáveis, para colocar a casa em ordem, para que próxima diretoria eleita tenha condições de resgatar o Santos desse abismo que foi colocado, por gestões administrativas, no mínimo inoperante. Na falta dessa alternativa, o jeito é esperar as eleições em dezembro, torcendo e muito para que o pior não aconteça.
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