Por Lucas Paes
Foto: Divulgação/Bordeaux
Denilson jogando pelo Bordeaux
Completando seus 43 anos neste dia 24 de agosto, Denilson foi enquanto atleta um atacante que ficou mais marcado pelos dribles do que pelos gols, ainda que tenha tido uma carreira bastante claudicante. Chegou ao Bordeaux com promessa de sucesso depois de fazer bons anos jogando pelo Betis, acabou contratado pelos Girondins no início da temporada 2005/2006.
A transferência de Denilson para terras francesas teve enorme influência do presidente dos Marines Et Blancs, Jean-Louis Triad. Chegou com uma transferência por valores não revelados e com o nome em alta devido a ser integrante do elenco campeão do mundo do Brasil em 2002. Segundo dizem, Sávio, ex-meia que teve ótimos anos no Real Madrid e também jogou uma ótima temporada por empréstimo no FCGB ajudou a fazer a ponte da negociação. Estreou jogando poucos minutos no dia 22 de maio diante do Strasbourg.
Comandado por Ricardo Gomes, brasileiro que tem enorme respaldo nas terras francesas, seja como jogador ou treinador, Denilson não conseguiu mostrar um bom futebol durante boa parte do primeiro turno do Campeonato Francês. A campanha do Bordeaux, em meio aos anos avassaladores do Lyon, era boa, mas o brasileiro passava longe de ser um protagonista na temporada.
Na segunda metade do biênio 2005/2006, Denílson começou a demonstrar qualidade e fazer bons jogos, inclusive marcando seus três gols pelo Bordeaux neste período, em jogos diante do Mônaco, Ajaccio e um histórico diante do Nice, quando aos 11 segundos de jogo o brasileiro marcou o segundo gol mais rápido da história do futebol francês.
Na penúltima rodada da Ligue 1, fez uma partida marcante diante do Le Mans, mas ficou nisso. Havia interesse da equipe francesa em renovar seu contrato, o problema, porém estava no salário, que naquela primeira temporada era pago pelo Bétis. Sem conseguir um acordo, Denilson acabou rumando ao mundo árabe, depois de jogar 31 jogos e marcar três gols pelos Girondins.
Segundo o próprio Denilson, a saída dos Marines representa o momento de maior arrependimento em sua carreira, já que declarou em entrevista anos depois à um veículo francês que "havia sido muito feliz na França.". É respeitado pela torcida do Bordeaux, mas passou longe de fazer um nome como o de Sávio, que até hoje é um dos maiores ídolos do clube.
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