O início de Mario Kempes no Instituto Córdoba

Por Lucas Paes
Foto: Arquivo

Kempes em ação pelo Instituto

Mário Alberto Kempes, que completa 66 anos neste dia 15, é um dos maiores craques já produzidos pela eterna fábrica de talentos do futebol argentino. Dono de um talento inapelável, o argentino é quase uma divindade para a torcida do Valencia, clube onde ele foi essencial no crescimento e em alguns dos mais importantes títulos de sua história. Além do sucesso em terras hispânicas, foi também um dos maiores responsáveis pela primeira conquista de uma Copa do Mundo pela Argentina, sendo destaque do título conquistado em casa em 1978. Toda essa trajetória se inicia no modesto Instituto, de Córdoba.

Kempes nasceu em Bell Vile, cidade há três horas de Córdoba e começou a dar seus primeiros chutes no Talleres, da sua cidade de Bell Vile. Já mais velho, ao mesmo tempo em que jogava, trabalhava em uma Carpintaria, onde o dono tinha contatos dentro do Instituto, clube tradicional da cidade de Córdoba. Aos 17 anos, quando foi para uma avaliação no La Gloria, sob o olhar do treinador Armando Rodriguez, mentiu sobre sua identidade para fugir da pressão da indicação. Marcou dois gols na peneira e foi contratado.

Em 1972, fechou contrato com o clube, mas continuou vivendo em Bell Vile, para poder concluir os estudos, condição imposta por seu pai, sendo assim, ele viajava para os jogos no dia das partidas. Chegou a se formar no ensino médio e inclusive começou um curso de Ciências Econômicas na Universidade de Córdoba, mas acabou abandonando a carreira universitária rapidamente.


Estourou jogando na Liga Cordobesa, numa época onde ligas municipais e estaduais davam classificação a torneios nacionais na argentina. Pela competição, marcou incríveis 78 gols em 81 jogos. No ano de 1973, jogando já o campeonato da primeira divisão da Argentina, marcou 11 gols em 13 jogos e foi o artilheiro da equipe, sendo convocado pela seleção albiceleste para amistosos. Rapidamente chamou a atenção de outros clubes do páis.

Em 1974, já no começo do ano, acabou sendo comprado pelo Rosário Central, que pagou 130 milhões de pesos pelo passe daquele que seria um futuro craque argentino. Em La Academia, o Panzón começaria sua trajetória espetacular no futebol, sendo tão grande que gerou homenagens inclusive no nome do estádio da cidade de Córdoba, hoje chamado Mário Alberto Kempes.
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