Foto: arquivo pessoal
Cafu no Itaquaquecetuba: um ano e meio ganhando experiência antes de ser aprovado no São Paulo
Neste 7 de junho de 2020, o ex-lateral-direito, que chegou a jogar no meio-de-campo também, Cafu está completando 50 anos. Capitão no quinto título mundial da Seleção Brasileira, ele também fez história com as camisas do São Paulo, Zaragoza, Palmeiras, Roma e Milan. Porém, tudo isto teve início no modesto Itaquaquecetuba Atlético Clube, equipe de sua cidade natal.
Apesar de ter nascido em Itaquá, Cafu viveu boa parte de sua vida no Jardim Irene, periferia de São Paulo. Rápido e com bastante fôlego, chamou a atenção quando jogava bola nos campos do bairro. Com isto, ele foi fazer testes. Porém, foi dispensado por oito vezes em peneiras de clubes como: Palmeiras, Nacional, São Paulo, Atlético Mineiro, Santos, Portuguesa e Corinthians.
Quando Cafu estava quase desistindo de se tornar jogador, veio uma ideia amigos do pai, principalmente João Alemão: levá-lo ao Itaquaquecetuba Atlético Clube, a equipe de sua cidade natal. Lá ele foi aprovado no final de 1986, quando tinha apenas 16 anos e logo chamou a atenção de todos.
Em depoimento ao Museu da Pessoa, Cafu disse sobre sua passagem pelo clube. "O Itaquaquecetuba foi um dos times em que eu mais gostei de jogar. Era uma equipe onde só havia jogadores simples, humildes, que não tinham nem condições para pagar uma condução, o ônibus ou o próprio trem. E a gente descia muito pelo lado do trem, passava por baixo da catraca do ônibus porque não tínhamos dinheiro para treinar", disse.
Cafu também fala que lá aprendeu a ser profissional. "Fizemos uma amizade muito boa de pessoas que são na maior parte simples, iguais a mim. Foi um time também vencedor. Fiquei lá um ano e meio, foi um time gostoso, todo mundo lutava, todo mundo corria. No próprio Itaquaquecetuba eu treinei com um preparador físico chamado Nelson e ele passou muita coisa boa pra gente", finalizou.
Foi no Itaquaquecetuba, entre 1987 e 1988, que Cafu recebeu suas primeiras chances em um time profissional. E ainda teve a companhia de um outro jogador que jogaria junto com ele em uma grande equipe: o zagueiro Gilmar.
Após se destacar no Itaquá, Cafu foi novamente fazer teste no São Paulo, em 1988. Porém, mais preparado, teve destaque e, diferentemente das outras vezes, acabou sendo aprovado. Daí para frente, a história é conhecida e o jogador tornou-se um dos mais importantes do futebol brasileiro.
Muito legal
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