Jogadores do Vitória foram para o Barradão para jogar a decisão
(foto: Arquivo)
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O ano de 1999 marcava mais uma decisão de Campeonato Baiano entre Vitória e Bahia. Os dois eternos rivais estaduais decidiam um campeonato onde as duas equipes vinham bem, com o Vitória tendo um bom time liderado pelo meia Petkovic e o Bahia lutando em pé de igualdade e conseguindo parar o rival nos clássicos. A final, porém terminaria fora de campo devido a uma polêmica relacionada ao local da segunda partida da decisão.
A final envolveria naquele ano os campeões do primeiro e do segundo turno da competição, que acabaram vencidos por tricolores e rubro-negros respectivamente. O problema começou com a decisão do local do segundo jogo da final, depois de na primeira partida, na Fonte Nova, o tricolor ter batido seu rival por 2 a 0 e levado a vantagem. O segundo jogo teria mando dos rugbro-negros.
Só que aí entrou a polêmica. O Vitória, tendo uma campanha melhor na competição, tinha por direito o mando de campo e poderia escolher onde jogar. Mas, uma ação popular movida por diretores tricolores pedia que a final fosse transferida para a Fonte Nova, pois teoricamente o Barradão não teria condições de receber o jogo decisivo entre as duas equipes. O juiz Clésio Rosa concedeu a liminar de mudança de local ao Bahia.
Assim ocorreu toda a polêmica. No dia da decisão, um 13 de junho como hoje, o Vitória foi com sua delegação ao Barradão, enquanto o Bahia movimentou-se para a Fonte Nova. As torcidas foram cada uma para um estádio e a arbitragem foi para a Fonte Nova, onde foi autorizado o inicio do jogo e o campeão brasileiro de 1988 marcou um gol em um campo adversário vazio, sendo declarado vencedor por WO. Do outro lado, houve a alegação de que não havia chegado nenhuma notificação judicial nas mãos do Leão.
A partir daí, começou o problema, que foi parar na justiça. De início, os tricolores foram declarados campeões. Em 2002, porém, a Federação Baiana de Futebol voltou atrás e declarou que o torneio não tinha vencedores. A decisão final veio apenas em 2005, dividindo a conquista entre as duas equipes, terminando portanto o campeonato com dois campeões. Em 1999, o Leão ainda venceria a Copa do Nordeste e faria uma belíssima campanha no Brasileirão, caindo na semifinal. Os tricolores não conseguiram subir na Série B, mas acabaram voltando a divisão principal do Brasileirão na polêmica da Copa João Havelange.
Muitos anos depois, em 2018, os tricolores reconheceram ter agido de forma errada naquela decisão em meio a outro imbróglio judicial no torneio estadual. A diretoria alegou que aquela era uma mancha na história do clube, em meio a uma nota crítica com a decisão tomada pelo tribunal na ocasião de uma confusão no jogo entre as duas equipes durante o estadual daquele ano. Apesar disso, não houve mudança nas decisões relacionadas ao título da edição de 1999, que segue dividido entre os dois clubes.
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