Por Lucas Paes
Foto: arquivo
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Gerson foi o autor do gol 1000 da Seleção Brasileira
A Seleção Brasileira é provavelmente a maior expressão do futebol no mundo inteiro. Conhecidos pelo jogo bonito, maiores campeões da Copa do Mundo e donos de uma tradição impar no esporte, os Canarinhos já escreveram diversas páginas na história do esporte bretão. No dia 12 de junho de 1968, há exatos 52 anos, o Brasil marcava diante do Uruguai, em uma vitória por 4 a 0, no Maracanã, em jogo válido pela Copa Rio Branco, o milésimo gol da Canarinho.
O duelo foi disputado no Maracanã, onde 18 anos antes a mesma Celeste Olímpica havia protagonizado o episódio mais triste da história do futebol brasileiro. Naquele dia, porém, a partida decidia a Copa Rio Branco, um torneio amistoso entre uruguaios e brasucas disputado esporadicamente entre 1931 e 1976. Treinador por Aymoré Moreira, os canarinhos eram favoritos naquele dia.
E os brasileiros sequer demoraram para pular a frente. Aos 8 minutos, Jairzinho, o Furacão, deu um passe espetacular para Paulo Borges marcar o gol, frente a frente com Bozzano. O primeiro tempo, porém, terminou apenas com esse gol, deixando o jogo apreensivo para a segunda etapa, que poderia mostrar uma reação do Uruguai.
Só que a etapa complementar foi um completo atropelo do Brasil. Logo aos 4', Rivelino cobrou falta e mandou uma bomba, Bozzano deu rebote e Tostão tocou para o gol vazio. O terceiro e histórico gol, o milésimo da Seleção Brasileira, surge numa linda jogada coletiva que começou com o próprio Gérson, o Canhotinha de Ouro, que usava a camisa 10 naquele dia, recebeu de Paulo Borges, tabelou e recebeu frente a frente com o arqueiro celeste, tocando com categoria no cantinho e ampliando o marcador para 3 a 0. O feito histórico ocorreu já aos 38', perto do final da partida.
Ainda deu tempo de fazer mais um. Aos 44 do segundo tempo, Gérson, em dia iluminado, colocou na área e o sempre matador Jairzinho marcou o quarto e último gol do duelo. Com o resultado, o Brasil foi campeão da Copa Rio Branco de 1968. A vitória foi apenas mais uma das várias goleadas que o futuro campeão mundial de 1970 aplicaria naquele período, uma época de ouro para o futebol brasileiro, que se refletia em campo.
Autor do milésimo da seleção, Gérson ainda seria um dos pilares do eterno tricampeonato dois anos depois. Aquele foi um dos 13 gols que o canhotinha marcou pela seleção. A marca era apenas um presságio do quanto aquela equipe faria ainda na história do esporte bretão, desde o Maracanã até o México.
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