Por Matheus Babo / site oficial CRVG
Foto: Agência O Globo
Cocada, com Bismarck e Fernando, comemora o gol do título
Há exatos 32 anos, o vascaíno saía com um gosto doce e com um sorriso de felicidade do Maracanã. E o principal responsável por isso chama-se Luiz Edmundo Lucas Corrêa, popularmente conhecido como Cocada. Como o próprio disse, após marcar o gol que deu o bicampeonato carioca ao Gigante da Colina na vitória por 1 a 0 sobre o Flamengo, ele entrou para a história. Chamado pelo técnico Sebastião Lazaroni, ele entrou no lugar de Vivinho aos 43, fez o gol aos 44 e foi expulso aos 45. Antológico e inesquecível.
"É com muito prazer que novamente eu venho relembrar aquela decisão de 1988, quando vencemos o Flamengo e nos consagramos bicampeões. Foi um jogo muito difícil, muito complicado, mas nosso poder de superação era muito grande e o time era muito bom. Era um grupo jovem, treinado pelo Sebastião Lazaroni. Eu tive o prazer de protagonizar o lance que consagrou aquele bicampeonato. Fiz o gol aos 44 do segundo tempo, que me botou de vez na história do Vasco. É um privilégio imenso. Até hoje, 32 anos, estamos aqui, com muita alegria, lembrando um lance antológico como aquele, onde pude marcar o gol que nos deu o bi", lembra Cocada.
A festa do bi começou no vestiário do Maracanã. Por ter melhor campanha, o Vasco de Lazaroni, que contava com nomes como Acácio, Paulo Roberto, Donato e Geovani, além de jovens como Mazinho, Bismarck e Romário chegou a final com o ponto extra. No primeiro jogo, vitória de virada por 2 a 1, gols de Bismarck e Romário, sobre um Flamengo mais experiente e cascudo, que tinha em seu elenco Jorginho, Aldair, Edinho, Leonardo, Andrade, Zinho, Bebeto e Renato Gaúcho. Para o segundo jogo, bastava um empate. Uma vitória do rival forçaria a terceira partida. Com o gol de Cocada, as chances adversárias foram pro espaço:
"O nosso ambiente era muito bom, muito alegre. Com a juventude da nossa equipe, nós tínhamos muitas brincadeiras, mas estávamos muito concentrados para a decisão e fomos focados para o Maracanã. Lembro da comemoração no fim do jogo, com o vestiário lotado, muita bagunça, me carregavam, me jogavam pro alto, brincavam comigo... foi maravilhoso", explicou.
Distribuição na Rio Branco - A graça do futebol é poder brincar com o torcedor rival. E um dia após a conquista do bicampeonato Carioca em 88, a torcida vascaína não perdoou e os jogadores tiveram uma comemoração diferente. Todos foram para um dos pontos mais movimentados da cidade, a Avenida Rio Branco, e ajudaram a distribuir o doce cocada para os torcedores. Festa inesquecível para o jogador Cocada, que 32 anos depois, ainda lembra daquele dia:
"O dia seguinte foi maravilhoso. A comemoração foi diferente. Nós fomos para a Avenida Rio Branco, no Centro do Rio de Janeiro. As confrarias se reuniram e estavam distribuindo cocada e fui convidado para participar da festa. Foi maravilhoso, fantástico, diferente que nos deu muita alegria, comemorar junto com os torcedores do Vasco fazer uma festa bem divertida", falou.
Além do Vasco, Cocada também vestiu as camisas de Flamengo e Fluminense no Rio. No entanto, ele não esconde que a identificação e amor pelo Cruzmaltino são maiores:
"Eu joguei em três grandes clubes do Rio de Janeiro. Participei do Flamengo do Zico, do Fluminense do Telê Santana e do Vasco, do professor Lazaroni e do doutor Eurico. O Vasco é, sem dúvidas, que ficou marcado na minha vida. Foi quem me deu a possibilidade de sair consagrado aí do Rio de Janeiro. Minha identificação é muito grande e muito forte. Foi uma honra e uma alegria enorme vestir essa camisa. Para a torcida eu deixo meu sincero agradecimento. Uma satisfação e alegria fazer parte dessa imensa torcida. Ser vascaíno não é opção. É uma alegria, um prazer e sempre acreditar que o Vasco voltará aos seus melhores dias", finalizou.
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