Coutinho com a amarelinha
O Santos é uma fábrica massiva de produção de craques de futebol. O Alvinegro Praiano tem a formação de atletas como uma marca registrada, usada pelo marketing do clube diversas vezes e revelando jogadores que já salvaram os santistas em vários momentos de sua história. Neste dia 11 de junho, completaria 77 anos um dos mais famosos "produtos" da fábrica alvinegra: o atacante Coutinho.
Formado nos juvenis do Peixe, Coutinho estreou com a camisa do time de Vila Belmiro quando tinha apenas 14 anos, no ano de 1958 e pouco depois passou a formar com Pelé uma das duplas mais famosas da história do esporte bretão. As tabelinhas entre o Rei e o Gênio da Pequena Área viraram marca registrada do ataque quase poesia daquele time do Santos (Dorval, Mengálvio, Coutinho, Pelé e Pepe.). Com apenas 16 anos, o atacante foi pela primeira vez convocado pela Seleção Brasileira, em 1960. Estreou contra o Uruguai, fora de casa, no dia 7 de julho de 1960.
Seu primeiro gol com a Amarelinha vem em 1961, em amistoso contra o Paraguai, quando os Canarinhos vencem por 2 a 0, no dia 30 de abril. Pouco depois, no dia 5 de maio, marca duas vezes diante do mesmo Paraguai, em outro amistoso. Na época o Brasil não disputou eliminatórias pois estava classificado como atual campeão mundial. Foi o titular da amarelinha durante toda a preparação para a Copa do Mundo de 1962.
Marcou outra vez diante dos paraguaios, dessa vez no ano de 1962, nume goleada por 6 a 0, as vésperas da copa daquele ano. Depois, fez outro gol contra o País de Gales, em outro amistoso preparatório para o mundial. Porém, uma lesão as vésperas da disputa no Chile o deixou no banco de reservas, onde viu a sua seleção ganhar pela segunda vez o torneio mais importante do futebol mundial.
Depois da Copa do Mundo, marcaria seu último gol pela Seleção Brasileira, em amistoso diante da Alemanha Ocidental, em Hamburgo, no ano de 1963. No total, Coutinho disputou 15 jogos com a amarelinha, marcando seis gols. Atrapalhado por problemas com o peso, encerrou a carreira precocemente, não sem fazer história vestindo a camisa do Santos. Pelé dizia que o "Pé de Vidro" era melhor que o Rei dentro da área e que sua frieza era algo surreal.
A lenda santista ainda trabalhou como treinador até 1995 e sempre esteve ligado a observação de talentos e até aconselhamento de jovens promessas da base santista. O eterno craque deixou o plano das lendas terrenas para jogar no time do céu no dia 11 de março de 2019, já sofrendo de várias complicações causadas por ser diabético.
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