50 anos da estreia da Seleção Brasileira na Copa de 70

Por Natanael Oliveira / FPF
Foto: Arquivo CBF

A delegação brasileira que disputou a Copa de 1970

Há exatamente 50 anos, a Seleção Brasileira escrevia mais um importante capitulo de sua história de glórias e conquistas. No dia 3 de junho de 1970, o Brasil estreava na Copa do Mundo disputada no México. A equipe canarinho iniciava o caminho no que seria seu terceiro título mundial, encantando o mundo com um dos melhores times da história do futebol. Liderada por Pelé e contando com nomes como Tostão, Rivellino, Gérson, Jairzinho, Carlos Alberto Torres –além do técnico Zagallo– o Brasil assombrou o planeta com jogos inesquecíveis e uma equipe que está imortalizada no esporte.

Pertencente ao Grupo C da competição, o Brasil tinha a companhia de Inglaterra, Romênia e a antiga Tchecoslováquia, que seria a seleção da primeira partida da seleção. A trajetória brasileira começaria com a forma que faria o futebol nacional ser conhecido: na ginga e talento puro dos atletas.

A estreia do Brasil - Em um estádio Jalisco, em Guadalajara, completamente lotado com a expectativa de ver a seleção brasileira, os mexicanos não se decepcionaram com a partida bem jogada pelas duas equipes, com lances de habilidade demonstrações de talento.


Logo nos dez primeiros minutos, Pelé perdeu um gol livre e sem goleiro após cruzamento de Rivellino. Os adversários responderam rapidamente com Ladislav Petrás, que abriu o placar para a Tchecoslováquia e colocou fogo de vez na partida. Jogando de forma ainda mais ofensiva, o Brasil chegou no gol de empate aos 24 minutos da etapa inicial, com uma bela falta cobrada por Rivellino, que ganhou o apelido de ‘Patada Atômica’ por parte dos mexicanos.

No primeiro tempo, ainda teve tempo para uma das jogadas mais inesquecíveis da história das Copas. Aos 42 minutos, Pelé percebeu o goleiro adversário adiantado e arriscou um belo chuta do meio-campo. O lance surpreendente, que demonstrou toda a genialidade do craque, encobriu o goleiro e e não entrou por um centímetros.

Já aos 15 minutos da etapa complementar, Gérson honrou o apelido de ‘canhotinha de ouro’ e faz um lançamento de quase 40 metros para Pelé, que apenas teve o trabalho de dominar e chutar ao gol, fazendo o gol da virada do Brasil. Três minutos depois, a estrela de Gérson novamente brilhou, e em novo lançamento de 40 metros, deixou Jairzinho cara a cara com o goleiro. O atacante, 'Furacão da Copa', deu um chapéu no goleiro, dominou no peito e faz o terceiro brasileiro. Fechando o placar, mais um golaço de Jairzinho. O atleta dominou na intermediária, driblou três marcadores e em chute cruzado, definiu o resultado por 4 a 1.


Campanha - Nas duas partidas restantes na fase de grupos, mais vitórias. O Brasil derrotou a Inglaterra, então campeã mundial, por 1 a 0 e venceu a Romênia por 3 a 2 para confirmar a liderança na chave e os 100% de aproveitamento na competição.

Já na fase mata-mata, o Brasil despachou o Peru por 4 a 2 e o Uruguai por 3 a 1, se classificando para a final. Na decisão, uma goleada impiedosa, por 4 a 1, em cima da Itália, imortalizando de vez a equipe liderada por Pelé, que trouxe o tri mundial para a Seleção Brasileira.
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