Por Andrielli Zambonin / Kindermann
Foto: divulgação CBF
Jorge Barcellos na época em que comandava a Seleção Brasileira Feminina
A Rede Globo transmitiu no último domingo, dia 10, a final feminina do futebol nos Jogos Pan-americanos de 2007 entre Brasil e Estados Unidos. O duelo entre as grandes potências do continente terminou com uma goleada brasileira: 5 a 0 e a medalha de ouro garantida, diante de um grande público no Maracanã.
Marta comandou a seleção brasileira naquela grande vitória, com dois gols e duas assistências. Cristiane marcou duas vezes e Daniela Alves, uma. Comandando a equipe estava lá Jorge Barcellos, o atual técnico do Avaí Kindermann.
Além de uma torcida gigantesca, foi naquele momento que o futebol feminino provou que merecia muito mais atenção e mídia do que recebia. As mudanças começaram com a equipe comandada na época, por Barcellos. O primeiro técnico da Seleção Feminina a se deparar com os 72 mil pagantes, e um monte de convidados, foi o técnico Jorge Barcellos.
"A gente jogava para mudar a história. Quando fui reconhecer o gramado, que estava bem ruim por sinal, não tinha tanta gente. Mas eu voltei mais tarde e entendi o que estava acontecendo. Aí, voltei para o vestiário e avisei a elas que não poderíamos deixar escapar. É o nosso moral que estava em jogo”, relembra.
Naquele Pan, a seleção fez uma campanha perfeita, com 33 gols marcados e nenhum sofrido. Antes de enfrentar as americanas bicampeãs mundiais e olímpicas, o Brasil derrotou Uruguai, Jamaica, Equador, Canadá e México. Marta foi a artilheira do torneio, com 12 gols.
E o desempenho da Seleção causou mudanças naquele mesmo ano. Em outubro de 2007 foi criada a Copa do Brasil feminina de futebol, que anos depois, em 2015 mais precisamente, o Kindermann levantaria a taça de campeão. Depois este campeonato foi extinto, sendo no logar criado o Campeonato Brasileiro. "Naquela seleção, havia meninas que ganhavam R$ 600 de salário. Mesmo que devagar, uma mudança começou ali", diz Barcellos.
Jorge não estava sozinho na conquista. Fazendo parte do elenco brilhante, no banco de reservas estava ela que futuramente se tornaria uma das melhores do Brasil: a goleira Bárbara. Na época com apenas 19 anos, Bárbara observava atentamente cada movimento e detalhe do jogo. Experiência que recheou seu currículo e aumentou a bagagem para futuramente assumir a posição de titular do Brasil.
“Foi uma experiência incrível. Aquela equipe era incrível e acho que viver aquele momento só me deu mais vontade ainda de conquistar o meu objetivo”, disse Bárbara. Na época, ela era integrante da equipe do Recife F.C. Atualmente no Avaí Kindermann, a atleta já deixou claro o quanto gosta da equipe de Caçador e que pretende encerrar a carreira de atleta em Santa Catarina.
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