Por Victor de Andrade
Foto: divulgação FPF
Realização da competição pode estar sendo colocada em "xeque"
A Federação Paulista de Futebol (FPF) encerrou nesta quinta-feira, dia 28, as reuniões virtuais com os 42 clubes que estavam inscritos, inicialmente, na Segunda Divisão estadual, para tratar de uma possível volta após o adiamento do início da competição devido à quarentena por conta da pandemia de coronavírus. Apesar de a entidade que rege a modalidade em São Paulo garantir que os clubes serão chamados para uma nova videoconferência a daqui cerca de 45 dias, o cenário é de muitas dúvidas e poucas certezas.
Primeiramente, não há uma data para retorno das atividades e nem nas competições. Durante as seis reuniões (elas foram divididas pelos grupos), pintaram algumas sugestões, sendo a mais plausível em setembro e a mais otimista em agosto. Porém, a Federação teria deixado claro que só voltaria os jogos com autorização dos órgãos de saúde. E mais: a prioridade seria finalizar primeiro as séries A1, A2 e A3 para depois partir para a realização das outras competições da entidade, entre elas a Segundona e as categorias de base.
Falando nas três principais séries do futebol paulista, elas serão usadas como experiência nos protocolos para o retorno das competições. Porém, algumas exigências constadas no documento, que já são complicadas para várias equipes da A1, A2 e A3, são praticamente impraticável para os times da Segunda Divisão, como por exemplo, quando a
competição iniciar,
delegações dos
clubes e da
arbitragem serão
confinadas em
centros de
treinamento e
hotéis até saírem
da competição. Estas agremiações têm dificuldades para bancar a concentração de uma noite para jogos. Imagine em um grande período? Além disso a quantidade de testes que teriam que ser feitos não daria para um time da Segunda Divisão pagar.
Contando que o torneio não terá mais rebaixamento (a B2, que voltaria em 2021, foi abortada justamente por conta da pandemia), os gastos excessivos e sem bilheteria, que para muitos clubes é uma grande fonte de renda, a negativa de uma ajuda extra, além da cota, que só será paga assim que o campeonato começar, e a não punição para quem não jogar, vem um problema: as desistências! A diretoria da Santacruzense comunicou que está abrindo mão da disputa e outros times já deram a entender que seguirão o mesmo caminho.
A Federação acenou com a possibilidade de filiados que não disputariam a competição, a princípio de entrarem assim que retornar. Mas, ao mesmo tempo, a própria entidade teria aconselhado os clubes a rescindirem o contrato com os profissionais (jogadores e membros da comissão técnica). E isto, sinceramente, colocou uma dúvida na cabeça de todos os dirigentes de clubes.
Pelo o que podemos apurar, ainda há clubes querendo disputar a competição, principalmente os mais próximos da capital, desde que algumas destas situações já citadas anteriormente sejam revistas e readequadas para a realidade do campeonato. Porém, apesar deste que vos fala ainda acreditar que a competição será realizada, a chance de não ter a Segunda Divisão Paulista já não é mais tão pequena.
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