Com informações do Futebol Interior
Foto: divulgação CBF
O último trabalho de Vadão foi na Seleção Brasileira Feminina
Faleceu nesta segunda-feira, dia 25, o treinador Oswaldo Fumeiro Alvarez, o Vadão. Ele, que teve passagens marcantes por Mogi-Mirim, São Paulo, Corinthians, Guarani, Ponte Preta e Seleção Brasileira Feminina, entre outros clubes, estava internado por conta de um câncer no fígado, que acabou evoluindo para outros órgãos.
O treinador foi diagnosticado com a doença em dezembro, quando estava fazendo exames de rotina. Desde então, vinha realizando tratamento, mas teve que ser internado no hospital Albert Einstein no último dia 12 de maio. No entanto, o quadro de Vadão já era considerado grave e ele acabou não resistindo ao tratamento via químio e radioterapia.
Oswaldo Alvares, 63 anos, deixa sua esposa Ana Alvarez e dois filhos, Adriano e Carolina Alvares, que fazia a parte de assessoria de imprensa do pai. O velório e sepultamento - restrito aos familiares por conta da pandemia do novo coronavírus - acontecerão em Monte Azul Paulista, sua terra natal.
História e conquistas - Vadão nasceu no dia 21 de agosto de 1956, na cidade de Monte Azul Paulista. Ele começou sua carreira como meia-esquerda nas categorias de base do Guarani e rodou por clubes como Noroeste, Catanduvense e Botafogo-SP.
Ao mesmo tempo, ele se formou em Educação Física e acabou aceitando o convite para ser preparador físico da Portuguesa. Iniciou a carreira de treinador no Mogi Mirim por convite do histórico presidente Wilson Barros. Lá foi responsável por montar o famoso 'carrossel caipira' no início dos anos 90.
Este time, na época, usava um esquema tático parecido à seleção holandesa, com troca de posições entre os jogadores, que revolucionou o futebol mundial em 1974 na Copa da Alemanha sob a batuta do meia Cruyff. O Mogi contava ainda com bons jogadores como o trio ofensivo formado por Rivaldo, Leto e Válber, além do zagueiro Capone que executava bem o papel de líbero.
O técnico ainda comandou Guarani, XV de Piracicaba, Athetico-PR, Corinthians, São Paulo, Ponte Preta, Bahia, Goiás, Sport, dentre muitos outros. Ele foi campeão do Torneio Rio São Paulo em 2001 pelo São Paulo com um time jovem e que tinha como destaque o meia Kaká, lançado por ele aos 16 anos.
Foi vice-campeão brasileiro da Série B em 2009 e vice do Paulista pelo Guarani em 2012. Ele teve cinco passagens pelo Brinco de Ouro, num total de 204 jogos. É tratado com idolatria também pela arquirrival Ponte Preta, clube no qual dirigiu em quatro oportunidades.
Seu último trabalho foi na seleção brasileira feminina. Deixou o comando em meados do ano passado após a Copa do Mundo na França. Em suas duas passagens, Vadão conquistou duas Copas Américas (2014 e 2018), a medalha de ouro nos jogos Pan-Americanos de 2015, dois Torneios Internacionais, além de um quarto lugar nos Jogos Olímpicos do Brasil em 2016.
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