Ex-atacante Essinho recorda a sua passagem pela Alajuelense, da Costa Rica

Foto: arquivo pessoal

Essinho na época em que defendeu a Liga Deportiva Alajuelense

O ex-jogador Edson Valente, o Essinho, relembra com muito carinho e alegria o título costarriquenho, conquistado na temporada 1999/2000, quando defendia a Liga Deportiva Alajuelense. O brasileiro, revelado pelo Santos FC, equipe pela qual desempenha atualmente as funções de observador técnico, deixou marcado positivamente o seu nome na história do futebol da Costa Rica.

“Cheguei a Costa Rica em julho de 1999, aos 30 anos de idade, e fiquei dois anos. Defendi a Liga Deportiva Alajuelense, que é um dos times grandes, situado na cidade de Alajuela, que fica a trinta minutos da capital San Jose. E o maior clássico local reúne a equipe que defendi e o Deportivo Saprissa, que era o atual bicampeão nacional na ocasião e vivia um grande momento”, relembra o atacante.

O campeonato costarriquenho na ocasião contava com doze equipes, que se enfrentaram em turno e returno, com cerca de 40 jogos sendo disputados ao longo da temporada. “Vencemos o campeonato sem a necessidade de disputar uma final, pois contávamos com uma equipe muito boa e, por conta disso, ganhamos os dois turnos, conquistando muitos pontos e conseguindo boas performances”, relatou Essinho.

Quando o brasileiro chegou, a Liga Deportiva Alajuelense não vencia o clássico diante do Deportivo Saprissa há algum tempo, cerca de dez confrontos favoráveis ao rival nos últimos encontros. “Logo conseguimos quebrar essa série, ganhando por 1 a 0, com um gol meu, que foi um momento marcante, pois obtivemos este importante resultado jogando ao lado da nossa torcida. Outro ponto que quero destacar foi quando disputamos a União Centro Americana de Futebol (UNCAF) e num jogo decisivo contra o Comunicaciones, da Guatemala, realizado em Honduras, marquei dois gols e vencemos por 3 a 0, conseguindo avançar no campeonato da Confederação de Futebol da América do Norte, Central e Caribe (Concacaf)”, relatou Essinho.


“Pela mesma competição, em Las Vegas (EUA), fizemos o primeiro jogo contra o Toluca, campeão mexicano, e vencemos (1 a 0); depois enfrentamos o norte-americano Chicago Fire e empatamos (1 a 1), vencendo nas penalidades. Na decisão, contra o também mexicano Necaxa acabamos derrotados (2 a 1) e ficamos com o vice-campeonato, perdendo a chance de disputar o Campeonato Mundial Interclubes daquela temporada, que foi realizado no Brasil e o Corinthians Paulista se sagrou campeão”, complementou Essinho.

Nesta mesma temporada, a Liga Deportiva Alajuelense se posicionou na 27ª posição no ranking da Federação Internacional de Futebol (FIFA). “Fato inédito para o futebol da América Central naquela época, já que nenhuma equipe do continente havia figurado entre as 100 melhores e nós estivemos no Top 30. O critério usado pela Federação Internacional é direcionado às vitórias, conquistas e sequências sem derrotas; e nós vínhamos de uma série bem positiva, com resultados e conquistas importantes”, comentou o atacante.

Na primeira temporada pela Liga Deportiva Alajuelense, o brasileiro marcou 17 gols. “Terminando a temporada 1999/2000, eu renovei meu contrato e me sagrei bicampeão costarriquenho (2000/2001), fazendo também um bom número de gols. Desta forma, eu sou o brasileiro que mais marcou gols pela equipe de Alajuela”, explicou Essinho.

Ao longo de sua carreira, Edson Valente, o Essinho, jogou pelo Santos FC, Olímpia, Paysandu, Atlético Goianiense, XV de Jaú, Santo André e Portuguesa Santista, Jabaquara, entre outras equipes.
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