Luciana, goleira da Ferroviária, fala sobre a carreira

Por Letícia Denadai / FPF
Foto: Rodrigo Corsi / FPF

Luciana comemorando o título do Brasileiro Feminino de 2019

Quando pensamos em um time campeão, sempre lembramos daquele gol salvador marcado pelo atacante, geralmente o "principal" jogador do nosso clube de coração, não é mesmo? Neste dia 26 de abril, é celebrado o "Dia do Goleiro" que é importante para ressaltar muitas vezes, nossos heróis também estão embaixo das traves, como no caso da goleira Luciana, da Ferroviária, que se tornou peça fundamental na trajetória do título do Campeonato Brasileiro Feminino de 2019, pegando pênalti e fechando a meta na decisão nacional.

Luciana começou a jogar em um clube que sua família frequentava, quando houve um time de futsal feminino e foi nessa experiência que ela viu o dom para jogar. “Eu comecei a jogar com meus irmãos e primos. Eu e minha família frequentávamos um clube e eles deram início com o futsal feminino. Perguntei ao meu irmão em qual posição eu jogaria e ele disse: Luciana joga na frente porque não corre muito. Como não tinha goleira todas tinham que se revezar no gol. Foi quando chegou minha vez e me saí muito bem, todos me elogiaram e naquele dia decidi que iria jogar no gol, porque não gostava de correr”, explicou o início inusitado.


Já no campo, a paixão veio em uma peneira já em um clube grande, apesar dos receios da atleta. “Minha carreira se iniciou no futsal, depois fui para o futebol de campo através de uma peneira no Atlético-MG. Meu pai disse para fazer o teste, mas não queria porque o gol era muito grande. Ele disse: Luciana faz o teste, se você passar e quiser, você continua. Fiz o teste passei e comecei tomar gosto pelo gol de campo”, relembrou.

Depois do título brasileiro na temporada passada, Luciana foi surpreendida com uma homenagem: um torcedor do clube grená fez uma tatuagem dela. “Esse carinho da torcida é uma coisa que eu nunca imaginei viver na minha vida. Ainda mais ser tatuada por um torcedor. É por todos esses motivos que tenho um amor pela Ferroviária e por toda a sua torcida que nunca nos abandonou”, destacou.

Como goleira, Luciana carrega Dida e Taffarel como inspiração. “Mesmo sendo uma vilã ou uma heroína amo ser goleira. Não trocaria essa posição por nada. Sinto amor, paixão, respeito, dedicação, concentração e foco”, revelou.

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Superação - Apesar do sucesso, Luciana revelou que chegou a pensar em se aposentar após a Copa do Mundo Feminina de 2015. “A Ferroviária me abraçou no momento em que eu mais precisei. Confiaram em mim e no meu trabalho e sou muito grata. Por isso que me dedico e dou minha vida para defender com unhas e dentes esse manto”, afirmou a atleta que também agradeceu o apoio familiar.

Nessa quarentena, a arqueira tenta manter sua rotina de treinos, já que a comissão técnica têm enviados treinos. “Tento manter, ao máximo, me aproximar do dia a dia que tínhamos antes disso tudo acontecer. Treino em casa, as coisas que a comissão passou e com ajuda da Adriane Nenê, faço alguns dos meus treinamentos específicos. Mas sempre focada”, finalizou.
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