Por Luiz Minici / FPF
Foto: Arquivo Revista do Esporte
Barbosa faleceu em 7 de abril de 2000
Há exatos 20 anos, o Brasil perdia um dos maiores goleiros da história do futebol nacional: Barbosa, vítima de uma parada cardiorrespiratória no dia 7 de abril de 2000. Oriundo do solo paulista, o ex-arqueiro carregou o fardo pelo gol do uruguaio Ghiggia, na final da Copa do Mundo de 1950. Nada que apagasse uma carreira brilhante.
Nascido em Campinas, no dia 27 de março de 1921, Moacir Barbosa Nascimento iniciou a sua carreira no Clube Atlético Ypiranga, na capital paulistana. De lá, transferiu-se para o Vasco, em 1945, onde marcou uma década com as cores do clube carioca, conquistando os títulos dos estaduais de 1945, 1947, 1949, 1950, 1952 e 1958, além do Torneio Rio-São Paulo de 1958 e do Sul-Americano de 1948.
Um dos principais arqueiros da época, Barbosa foi o responsável por defender a meta canarinha na Copa do Mundo de 1950, realizada no Brasil. Na final contra o Uruguai, o selecionado local foi superado pelos uruguaios, por 2 a 1, e o ex-goleiro ficou marcado pelo gol de Ghiggia, que decretou o título celeste.
Ao todo, pela Seleção Brasileira, Barbosa colecionou 20 jogos, com um retrospecto de 14 vitórias, dois empates e quatro derrotas, tendo sofrido 22 gols. Após a participação no mundial de 1950, defendeu o selecionado verde e amarelo em apenas mais uma partida, contra o Equador, em 1953.
Após deixar o Vasco, em 1955, vestiu as cores do Santa Cruz e do Bonsucesso até se aposentar do futebol em 1962, com a camisa do Campo Grande, do Rio de Janeiro.
Um dos principais cronistas brasileiros, Armando Nogueira, foi responsável por uma homenagem em forma de um texto brilhante: Certamente, a criatura mais injustiçada na história do futebol brasileiro. Era um goleiro magistral. Fazia milagres, desviando de mão trocada bolas envenenadas. O gol de Ghiggia, na final da Copa de 50, caiu-lhe como uma maldição. E quanto mais vejo o lance, mais o absolvo. Aquele jogo o Brasil perdeu na véspera.
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