Por Luiz Minici / FPF
Foto: Acervo CBF
Cafu na final da Copa do Mundo de 2002
Historicamente, Brasil e Portugal têm as suas trajetórias interligadas por séculos. Há 18 anos, no dia 17 de abril de 2002, um capítulo esportivo marcou ainda mais a ligação dos dois países de língua portuguesa. No antepenúltimo amistoso pré-Copa do Mundo, que seria disputada na Coreia e no Japão, o lateral Cafu ultrapassou o goleiro Taffarel e se tornou o jogador que mais vestiu a camisa da Seleção Brasileira.
Na oportunidade, o ex-jogador fazia seu jogo oficial de número 104 pela Seleção Brasileira. A sua trajetória com a camisa verde e amarela teve início após a Copa de 1990, aos 20 anos. A partida diante da Espanha, em Gijón, também marcou a estreia de Paulo Roberto Falcão como técnico da seleção canarinho. Cafu atuou como volante na derrota, por 3 a 0. O titular na lateral direita foi Gil Baiano, do Bragantino.
Ao longo de sua trajetória, Cafu colecionaria mais 148 partidas com as cores da seleção, sendo sete confrontos não oficiais. O ex-jogador também disputou quatro Copas do Mundo pelo Brasil, tornando-se o único jogador do futebol mundial a disputar três finais de mundiais consecutivas.
Sua primeira participação em Copa do Mundo aconteceu em 1994. Durante o torneio, Cafu, já como lateral, foi reserva de Jorginho e teve a oportunidade de jogar “apenas” a decisão, já que o titular se lesionou. No fim, o time de Carlos Alberto Parreira venceu a Itália nos pênaltis e alcançou o tetracampeonato. Em 1998, foi titular do vice-campeonato contra a França, ficando de fora apenas na semifinal contra a Holanda, por suspensão.
O ápice de sua trajetória pela seleção aconteceu na Coreia e Japão, em 2002, quando foi capitão na conquista do pentacampeonato e homenageou o bairro onde cresceu, Jardim Irene, ao erguer a taça. Já em 2006, encerrou a sua trajetória em Copas do Mundo com mais uma derrota para a França, desta vez nas quartas-de-final, e se aposentou pela seleção.
Pela Seleção Brasileira, além das conquistas das Copas do Mundo, Cafu coleciona a Copa das Confederações (1997) e o bicampeonato da Copa América (1997 e 1999).
Vencedor - Após início no Itaquaquecetuba, Cafu foi para o São Paulo, onde comandado por Telê Santana, foi campeão mundial em 1992 e 1993, além de duas Libertadores, dois Campeonatos Paulista, um Brasileiro e duas Recopas Sul-americana, escrevendo o seu nome como um dos ídolos do clube.
O sucesso com a camisa tricolor despertou o interesse do Velho Continente. Em 1995, passou pelo Zaragoza, da Espanha, e depois se transferiu para o Juventude, do Rio Grande do Sul. No mesmo ano, desembarcou no Palmeiras, onde também ganhou o status de ídolo. Pelo clube de Palestra Itália, jogou entre 1995 e 1997, conquistando o Campeonato Paulista de 1996, anotando dois tentos no time que marcou 102 gols no estadual.
De volta à Europa, o lateral marcou seu nome na Itália, onde tornou-se ídolo em Roma e Milão. De 1997 a 2003, atuou pelo time da capital, e depois se transferiu para o Milan, clube no qual encerraria a carreira em 2008. Ao todo, conquistou dois Campeonatos Italianos, um por cada equipe, duas Supercopas da Itália, uma Champions League e um Mundial de Clubes.
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