Carlos Bianchi é um dos maiores jogadores da história do Stade Reims
Muito antes de virar o treinador carrasco de times brasileiros na Copa Libertadores e causar pesadelos em torcedores de Santos e Palmeiras, principalmente, Carlos Bianchi foi um excelente e feroz atacante. Dono de um faro de gol invejável e de um oportunismo impressionante, além de grande qualidade, Bianchi é uma lenda no Vélez, mas também virou mito em terras francesas. O argentino, que completa 71 anos neste dia 26, é um dos maiores jogadores da história do Stade Reims.
Ele chegou a França no ano de 1973, num clube que tentava reconstruir sua grandeza depois de grandes feitos nos anos 1960. Sem falar francês, deu sua palavra aos dirigentes e cumpriu, sendo que segundo ele, times espanhóis haviam oferecido três vezes mais dinheiro para contar com "El Goleador", como era apelidado na época. Chega do Fortín depois de marcar três gols no seu último jogo pelo clube diante do San Lorenzo.
Já chegou mostrando a que veio na primeira temporada. Mesmo com o Reims distante das primeiras colocações, Bianchi faz gols em profusão na Ligue 1, terminando sua primeira temporada com incríveis 30 gols em 33 jogos. A forma do argentino impressionava e se esperava muito de sua segunda temporada. No começo do campeonato, ele fez incríveis seis gols numa partida diante do Paris Saint Germain que termina 6 a 1 para seu time, mas acaba por perder boa parte dela depois de uma fratura na tíbia e fíbula sofrida num amistoso diante do Barcelona. Volta e acaba terminando a temporada com 15 gols em 16 jogos.
No biênio de 1975/1976, outra vez mostra a incrível intimidade com as redes, marcando 34 gols em 38 jogos e terminando com a artilharia do Campeonato Francês pela segunda vez. Na temporada seguinte, que seria sua última em algum tempo pelo Stade Reims, marca 28 gols e termina pela terceira vez com a artilharia da Ligue 1. Devido a problemas financeiros, acaba deixando o clube para jogar no Paris Saint Germain. Naquela primeira passagem, foram 107 gols em 124 jogos.
Foram alguns anos até a temporada de 1984/1985. Depois de cinco anos no futebol argentino, para onde foi após sair de Paris, Bianchi retorna ao Reims para tentar ajudar numa possível volta a primeira divisão. Dessa vez, inclusive, como jogador/treinador. Já sem estar na mesma forma, sofre dentro de campo e acaba marcando apenas oito gols, sem conseguir ajudar o clube a conseguir o acesso. Somando suas duas passagens, termina sua trajetória como jogador dos Rouge et Blancs com 115 gols em 142 jogos. Acaba se tornando treinador, ficando mais três anos na casamata do clube, encerrando sua passagem e sua bonita história com a instituição no ano de 1988, quando passa a treinar o Nice. O resto, a partir daí, é história.
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