O zagueiro Júlio César no Botafogo em 1998

Foto: Fernando Maia / O Globo

Em treinamento pelo Botafogo no ano de 1998

Um dos maiores zagueiros do futebol brasileiro nos anos 80 e 90, titular na Copa do Mundo de 1986, no México, e com carreira de sucesso na Europa, defendendo times da França, Itália e Alemanha, o ex-zagueiro Júlio César está completando 57 anos neste 8 de março de 2020. Em 1998, já na parte final da carreira, ele não teve uma passagem feliz pelo Botafogo.

Júlio César começou no Guarani, ainda na primeira metade dos anos 80. Telê Santana enxergou muita qualidade no jogador e o levou para a Copa do Mundo de 1986, onde foi titular em todos os jogos do Brasil e considerado um dos melhores da posição no torneio. Com o sucesso, foi para a França, onde defendeu o Stade Brestois e o Montpellier. Em 1990 foi vendido para a Juventus, onde fez sucesso. Em 1994, outra mudança, desta vez para o Borussia Dortmund, onde foi campeão da Champions Legue em 1997. Ficou no clube alemão até 1998.

Os anos 90 era a época da febre das empresas mecenas no futebol brasileiro. Quem não se lembra da Parmalat no Palmeiras? Então, em 1997, o Banco Excel-Econômico "entrou no negócio" e passou a patrocinar e bancar contratações no Corinthians e no Vitória. No início de 1998, mais um time entrou no projeto da instituição financeira: o Botafogo.


Já com vários jogadores contratados pelo Banco Excel-Econômico, o Botafogo conquistou o Torneio Rio-São Paulo. Porém, a 'cereja do bolo' da instituição financeira para o time da Estrela Solitária ainda estava por vir: era o zagueiro Júlio César.

Depois da Copa do Mundo de 1986, Júlio César foi pouco lembrado para a Seleção Brasileira, mas futebol ele tinha! Porém, Lazaroni e Falcão praticamente o esqueceram e quando Parreira o convocou, em 1993, para a US Cup, nos Estados Unidos, o atleta de indispôs com a CBF pois teve seus pertences furtados do quarto do hotel e a instituição não o ressarciu. Porém, pelo sucesso na Europa, ele era muito respeitado e sua contratação pelo Fogão realmente chamou a atenção.


Mas o que parecia ser uma história que já tinha dado certo antes mesmo de começar acabou dando errado. Júlio César não teve uma boa passagem pelo Botafogo, que também não foi bem no Campeonato Brasileiro. Para piorar a situação, o Banco Excel-Econômico entrou em dificuldades financeiras e a empresa passou a priorizar o Corinthians, que brigava pela ponta da tabela, em relação aos outros clubes. Com isto, os salários em General Severiano começaram a atrasar, inclusive os que recebiam pela instituição financeira.

Com este quadro, é claro que o pomposo Botafogo de 1998 não deu certo. O time foi apenas o 14º colocado naquele Brasileirão. O Banco Excel-Econômico foi vendido para o Banco Bilbao Viscaya Argentaria (BBVA), que em uma das primeiras atitudes cortou o investimento no futebol. Tanto que o Corinthians, nas finais do Brasileirão daquele ano, já não estampava mais o logo da instituição financeira nas camisas, trocando pela Embratel.

Com tudo isto, Júlio César, ainda em 1998, acertou sua rescisão contratual com o Botafogo e na janela europeia da virada do ano voltou para o Borussia Dortmund, onde ficou até o meio de 1999. Depois, defendeu Panathinaikos, Werder Bremen e encerrou a carreira no Rio Branco de Americana, em 2001.
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2 comentários:

  1. Lembro, foi uma ótima contratação na época mas não deu liga, o time nunca se encaixou no campeonato e ele mesmo não rendeu o esperado. Na reta final do brasileirão foi barrado.

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  2. Jogava muito, e tinha muita personalidade.

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